Terça, 11 de junho de 2024

(At 11,21-26; 13,1-3; Sl 97[98]; Mt 10,7-13) São Barnabé, apóstolo.

“Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro,

Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo” At 13,1.

“Não era um dos Doze, mas sempre foi venerado como apóstolo. De qualquer maneira, foi uma personalidade eminente na Igreja primitiva. Jovem levita de Chipre, conheceu seguramente o Mestre; foi provavelmente um dos 70 discípulos dos quais fala o Evangelho. Depois de Pentecostes, Barnabé vendeu os poucos bens que possuía em sua pátria e depôs o arrecadado aos pés dos apóstolos, associando-se a sua obra de evangelização. Seu nome era José, mas os Doze chamaram-no Barnabé, que quer dizer ‘filho da consolação’. Foi desde logo tido em grande consideração e teve a missão de anunciar o Evangelho além dos confins da Palestina. Em tal qualidade teve o mérito de apresentar o jovem convertido Saulo aos apóstolos, os quais ainda temiam o fero perseguidor. Foi associado a Paulo na primeira e importante missão dirigida aos pagãos. Sua sociedade, embora breve no tempo, teve excelentes resultados: depois de um ano de trabalho, as conversões foram tão numerosas que chamaram a atenção dos pagãos sobre o ‘novo fenômeno’ religioso, pela primeira vez começaram a ser chamados pelo nome romano de Paulo), uma vez resolvida a controvérsia entre judeu-cristãos e os chamados gentios, provenientes do paganismo, ampliaram o raio de ação, apoiando-se sobre Chipre, pátria de Barnabé. Daí passaram para a Panfília, a Frígia e a selvagem Licaônia. Em Listra foram confundidos com dois deuses, quando Paulo curou um pobre estropiado. ‘Vendo o que Paulo fizera, as multidões levantaram a voz [...], dizendo: ‘Deuses em forma humana desceram até nós!’. E começaram a chamar Barnabé de Júpiter, e a Paulo, de Mercúrio, porque era este quem tomava a palavra’. Na segunda viagem missionária, Barnabé levou consigo o jovem sobrinho João Marcos, o futuro evangelista, cujas hesitações induziram Paulo a separar-se de Barnabé e a prosseguir sozinho a viagem. Barnabé regressou a Chipre, onde o deixa o relato dos Atos dos Apóstolos. Aí sofreu provavelmente o martírio no ano 70” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite