Sexta, 14 de junho de 2024

(1Rs 19,9.11-16; Sl 26[27]; Mt 5,27-32) 10ª Semana do Tempo Comum.

“Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato,

é melhor perder um de teus membros do que todo o teu corpo ser jogado no inferno” Mt 5,29.

“Como em tantas as outras ocasiões, não devemos apegar-nos a exagerado literalismo na interpretação do texto sagrado. Temos de procurar descobrir antes de tudo o sentido da mensagem que se centraliza nas afirmações do Senhor. Não basta evitar o pecado, que é o que nos separa do amor de Deus; é necessário também evitar tudo aquilo que, de uma ou outra forma, nos possa levar ao pecado. Evitar as ocasiões de pecar; o pecado e tudo aquilo que, sem ser propriamente pecado, não está tampouco de acordo com a vontade do Senhor; aquilo sem ser propriamente pecado não é também expressão do seu divino amor. A vida eterna e a graça do Senhor são bens suficientemente grandes e belos, para levar-nos a fazer qualquer sacrifício, por mais doloroso que seja, a fim de permanecermos nessa graça e nesse amor. O olho ‘direito’, a mão ‘direita’ estão nos indicando que o sacrifício, que precisamos aceitar, pode ser para nós algo muito bem-vindo. Nada pode ser tão bem-vindo, nada mais valioso para nós, do que essa graça de Deus, do que esse amor de Deus. Tudo o mais passa e fenece; tudo tem um valor momentâneo e limitado; mas o amor de Deus e a vida da graça transcendem todos os limites humanos e todas as categorias humanas” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite