Quarta, 05 de junho de 2024

(2Tm 1,1-3.6-12; Sl 122[123]; Mc 12,18-27) 9ª Semana do Tempo Comum.

“Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão,

pois serão como anjos no céu” Mc 12,25.

“Alguns saduceus, que não acreditam na ressurreição, vão até Jesus para interrogá-lo sobre o assunto. Usam de subterfúgios, querendo criar uma problemática que leve Jesus a se contradizer. Citam Moisés, que recomenda que, se uma mulher ficar viúva, seja tomada em casamento pelo irmão do seu marido. Perguntam como será na ressurreição, de quem ela será esposa? (cf. Mc 12,18-27). A resposta de Jesus quer retomar o valor daquilo que realmente importa. A promessa de vida que vem de Deus, isso sim é que real, verdadeiro e significativo. Todo o resto, e inclusive como se dará, é mistério. Não é objeto de especulação ou casuística. Nosso Deus é Deus de vivos, não de mortos. O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó é o nosso Deus. Jesus ressalta que o compromisso com a vida eterna não pode ser deixado de lado ou questionado mesmo por valores importantes, pois eles são secundários diante do mistério maior, de comunhão com um Deus que nos ama tanto. O evento escatológico de comunhão plena com Deus reconciliará tudo com todos, onde Deus, único critério, supera quaisquer interesses segundos ou quaisquer preocupações pessoais. Ser um com Deus, tão próximo, tão íntimo. Esse é o evento da ressurreição dos mortos, onde todos reencontrarão vida na fonte da vida. – Senhor da vida, que venceste a morte e todas as barreiras, Tu és nossa esperança e nossa alegria, és nossa força e nossa salvação. Só em ti é possível esperar e viver antecipando a comunhão plena. Queremos fazer de nossa vida oferenda agradável a ti, de forma a anunciarmos e testemunharmos já aqui as alegrias que virão. Amém! (Clauzemir Makximovitz  – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite