Segunda, 17 de junho de 2024

(1Rs 21,1-16; Sl 5; Mt 5,38-42) 11ª Semana do Tempo Comum.

“Eu, porém, vos digo: não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa

na face direita, oferece-lhe também a esquerda!” Mt 5,39.

“O discípulo do Reino não pode contentar-se com retribuir ‘olho por olho e dente por dente’. Ele se caracteriza pela capacidade de quebrar, com firmeza, a espiral de violência, mediante atitudes chocantes até mesmo para seu agressor. Não é fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada, quando já recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo de assalto, mostra-se disposto a caminhar o dobro. Estas atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. No entanto, são normas de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade de humilhação e de sofrimento. Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo, sem transformá-lo em objeto de seu ódio, e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor. – Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite