Sábado, 29 de junho de 2024

(Lm 2,2.10.10-14.18-19; Sl 73[74]; Mt 8,5-17) 12ª Semana do Tempo Comum.

“Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade vos digo,

nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé’” Mt 8,10.

“Entre os descendentes de Abraão seria natural encontrar pessoas que pudessem oferecer e demonstrar uma fé maior. Mesmo em Cafarnaum Jesus esperava dos seus uma reação melhor, mais favorável. Encontra, porém, ingratidão, ignorância, pessoa sem fé. O centurião rouba a cena e, de forma positiva, envergonha os de casa. Em geral, os centuriões eram pessoas respeitáveis no exército romano. Eram responsáveis pela disciplina e atuação de cem soldados. Eles estão presentes em vários relatos bíblicos. Este, em especial, possui um escravo que sofre muito na condição de paralítico e, acamado, padece. Seria natural ignorar, descartar, deixar morrer ou vender aquele bem comum. Ele poderia ser substituído. O inesperado acontece. Este centurião demonstra grande interesse particular em favor da integridade física do seu servo querido. Reserva tempo, argumenta e, no encontro com Jesus, tudo faz, convencendo-o a curar o seu servo. Jesus estava atento a todos os detalhes. Certamente analisou sua posição como homem de autoridade, viu de perto atitudes que demonstravam grande humildade e emitiu o parecer: ‘Eu vos garanto: em ninguém de Israel encontrei tanta fé’. O elogio do Mestre servia de parâmetro aos discípulos. De fato, aquele centurião foi um homem extraordinário e, para os nossos dias modernos, ainda serve como grande exemplo de fé, humilde e amor. Não está em nossas condições exigir ou determinar quando e como Deus deve agir. Cabe a nós, humildes servos, compreender e esperar pela sábia providência divina em nosso favor. Interceder e demonstrar interesse em que favoreçam outros sempre será visto por Deus como atitude daquele que tem grande fé. – A minha fé, Senhor, ponho em teu grande amor e em teu poder. Ouve ao que vem clamar, e humilde suplicar: teu sempre, e sem cessar, desejo ser. Amém” (Arnaldo Hoffmann Filho  – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).    

Pe. João Bosco Vieira Leite