(2Cr 24,17-25; Sl 88[89]; Mt 6,24-34) 11ª Semana do Tempo Comum.
“Ninguém
pode servir a dois senhores, pois ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a
um
e
desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24.
“A opção
do discípulo pelo Reino não lhe permite estabelecer concorrente para Deus. Sua
vida está toda polarizada pelo Pai, não permitindo que nada se intrometa nesta
relação de exclusividade. O Pai reina absoluto no coração do seguidor de Jesus.
Existe incompatibilidade entre Deus e o dinheiro. Donde a exortação de Jesus
sobre a impossibilidade de servir a ambos, ao mesmo tempo. O projeto de Deus
funda-se na partilha; o do dinheiro, na concentração dos bens. A ação movida
por Deus pauta-se pelo amor e pelo serviço ao próximo; a movida pelo dinheiro
transforma o próximo em objeto de exploração. O grande desígnio de Deus é a
união de todos em torno de objetivos comuns, enquanto que a sede de dinheiro
aprofunda a separação entre ricos e pobres. Os primeiros não se importam com a
penúria destes. Deus é um bem precioso, do qual ninguém pode privar o
discípulo. Já o dinheiro é um bem precário, extremamente frágil, que se pode
perder a qualquer momento. Pode-se facilmente perceber a impossibilidade de
reconciliar Deus e o dinheiro. Engana-se quem pensa poder seguir a ambos ao
mesmo tempo. Uma pretensa conciliação entre Deus e o dinheiro acontece em
detrimento de Deus. Quem age, assim, demonstra sua tendência idolátrica. – Senhor
Jesus, que eu tenha um coração indiviso, entregue somente a ti. E que eu seja
forte para rejeitar toda a tendência à idolatria que se quer instalar dentro de
mim” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite