Sábado, 22 de junho de 2024

(2Cr 24,17-25; Sl 88[89]; Mt 6,24-34) 11ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém pode servir a dois senhores, pois ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um

e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” Mt 6,24.

“A opção do discípulo pelo Reino não lhe permite estabelecer concorrente para Deus. Sua vida está toda polarizada pelo Pai, não permitindo que nada se intrometa nesta relação de exclusividade. O Pai reina absoluto no coração do seguidor de Jesus. Existe incompatibilidade entre Deus e o dinheiro. Donde a exortação de Jesus sobre a impossibilidade de servir a ambos, ao mesmo tempo. O projeto de Deus funda-se na partilha; o do dinheiro, na concentração dos bens. A ação movida por Deus pauta-se pelo amor e pelo serviço ao próximo; a movida pelo dinheiro transforma o próximo em objeto de exploração. O grande desígnio de Deus é a união de todos em torno de objetivos comuns, enquanto que a sede de dinheiro aprofunda a separação entre ricos e pobres. Os primeiros não se importam com a penúria destes. Deus é um bem precioso, do qual ninguém pode privar o discípulo. Já o dinheiro é um bem precário, extremamente frágil, que se pode perder a qualquer momento. Pode-se facilmente perceber a impossibilidade de reconciliar Deus e o dinheiro. Engana-se quem pensa poder seguir a ambos ao mesmo tempo. Uma pretensa conciliação entre Deus e o dinheiro acontece em detrimento de Deus. Quem age, assim, demonstra sua tendência idolátrica. – Senhor Jesus, que eu tenha um coração indiviso, entregue somente a ti. E que eu seja forte para rejeitar toda a tendência à idolatria que se quer instalar dentro de mim (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite