Segunda, 24 de junho de 2024

(Is 49,1-6; Sl 138[139]; At 13,22-26; Lc 1,57-66.80) Nascimento de São João Batista.

“Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho” Lc 1,57.

“Os quatro evangelhos falam difusamente a respeito de são João Batista. Nasceu em uma família sacerdotal. Isabel, prima da Santíssima Virgem, descendia de Aarão. O arcanjo Gabriel, ao anunciar a Zacarias o nascimento do filho, disse-lhe que seu nome deveria ser João (que significa ‘Deus é favorável’) e indicou seus extraordinários dotes: deveria ser grande diante de Deus (‘Entre os nascidos de mulher não há nenhum maior que João’, dirá Jesus); cheio do Espírito Santo; operará conversões em Israel e será precursor do Messias, com o espírito e o poder de Elias. Ao nascimento do menino, ao qual assistiu Maria, que se tinha dirigido pressurosamente a prestar seus serviços à prima em Ain Karim (sete quilômetros a oeste de Jerusalém), Zacarias recupera a palavra e eleva um cântico de reconhecimento, profetizando a grande missão de João: ‘Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo; pois irás à frente do Senhor para preparar-lhe os caminhos’. A Igreja comemora os santos no dia do seu ‘nascimento’ para a vida eterna. O nascimento para esta vida terrena é celebrado liturgicamente tão-só para Jesus, Maria e João. A tradição patrística afirma de fato que o Batista foi libertado do pecado original e santificado no seio materno ao primeiro encontro de Maria com a prima Isabel: ‘Pois quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre’. A festividade é de antiga data. Quanto a João, é reconhecido o duplo título de último profeta (‘É mais de que um profeta’, diz Jesus) e primeiro apóstolo. Ao anunciar a chegada do Messias, João exortava à conversão e dava o batismo para a remissão dos pecados. Daí o nome de Batista ou Batizador. Profeta e apóstolo, é também mártir, pois pagou com a vida o rigor moral e a coragem de opor-se à má vida de um pequeno monarca apaixonado pela sobrinha, a qual não hesitou em pedir-lhe a cabeça do Batista, cujo martírio é celebrado liturgicamente a 29 de agosto” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite