(2Jo 4-9; Sl 118[119]; Lc 17,26-37)
32ª Semana do Tempo Comum.
“Como aconteceu nos
dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem” Lc 17,26.
“Esperar é sempre
cansativo. Quanto mais a espera de algo cujo dia e hora são desconhecidos.
Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ele mesmo recusou-se a abordar
este assunto. Certa vez, dissera: ‘O dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos do
céu nem sequer o Filho, mas somente o Pai’. Para ele, o importante era
entregar-se ao serviço do Reino, deixando de lado as preocupações
apocalípticas. Entretanto, a espera prolongada acabou gerando um perigoso
torpor no coração dos cristãos. Perigosos por correrem o risco de ser
surpreendidos. O desconhecimento do dia e da hora não podia justificar uma vida
incompatível com a condição de discípulo do Reino. Dois exemplos do passado
serviram de parábola para o presente. Por ocasião do dilúvio, apesar das
admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho de iniquidade, até
que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da destruição de Sodoma.
Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na insensata ilusão das
orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo. Por nenhum motivo o discípulo de
Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua atitude fosse sem consequências.
Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e acontece no dia-a-dia, vivido na
fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se constrói a salvação. – Espírito
de vigilante alerta, que eu esteja sempre preparado para o advento do Senhor,
vivendo, no meu dia-a-dia, a misericórdia que me assemelha ao Pai” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite