(Is 4,2-6; Sl 121[122]; Mt 8,5-11)
1ª Semana do Advento.
“Quando ouviu isso,
Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade vos digo,
nunca encontrei em
Israel alguém que tivesse tanta fé” Mt 8,10.
“As palavras de Jesus,
que recordam neste evangelho, destinam-se a educar a fé dos que nele creem, até
que consigam um aprofundamento e uma maturidade que conduzam essa fé a uma
maturidade sincera. Por isso, neste evangelho, propõe-se, por um lado, a fé
pouca e vacilante da maioria dos judeus e, por outro lado, a fé sincera e
profunda de um centurião romano, oficial que comandava uma centena de soldados
e que, não obstante não pertencesse ao povo de Deus, foi capaz de confiar no
poder de Jesus e humilhou-se, pedindo ao Senhor com uma simplicidade
comovedora. A liturgia escolheu estas palavras do centurião, a fim de que
sacerdotes e fiéis as repitam, com humildade, antes de receberem a Sagrada
Comunhão. Jesus exige sempre a fé, uma fé que seja um impulso de confiança e de
abandono, pelo qual a pessoa renuncia escorar-se em si mesma para abandonar-se
à palavra e ao poder daquele que crê. Cafarnaum (Kapernaum) é uma cidade
situada na margem noroeste do lago de Genesaré, chamado também de lago
Tiberíades, ou com o seu nome mais antigo de Kinnereth [= harpa] ou, em geral,
mar da Galileia. A oração do centurião está repleta de fé, reverência e
humildade; tinha ouvido falar das inúmeras curas realizadas por Jesus e, assim,
tem-no em elevado conceito, como o demonstra no título que lhe dá: ‘Senhor’
(João 8,8). Não lhe dirige diretamente nenhuma súplica, e quando Jesus se
mostra disposto a ir à casa do centurião, esse oficial romano confessa a Jesus
que acredita no poder de sua palavra e que, mesmo à distância, pode operar
milagre” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do
ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite