Segunda, 28 de novembro de 2022

(Is 4,2-6; Sl 121[122]; Mt 8,5-11) 

1ª Semana do Advento.

“Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade vos digo,

nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé” Mt 8,10.

“As palavras de Jesus, que recordam neste evangelho, destinam-se a educar a fé dos que nele creem, até que consigam um aprofundamento e uma maturidade que conduzam essa fé a uma maturidade sincera. Por isso, neste evangelho, propõe-se, por um lado, a fé pouca e vacilante da maioria dos judeus e, por outro lado, a fé sincera e profunda de um centurião romano, oficial que comandava uma centena de soldados e que, não obstante não pertencesse ao povo de Deus, foi capaz de confiar no poder de Jesus e humilhou-se, pedindo ao Senhor com uma simplicidade comovedora. A liturgia escolheu estas palavras do centurião, a fim de que sacerdotes e fiéis as repitam, com humildade, antes de receberem a Sagrada Comunhão. Jesus exige sempre a fé, uma fé que seja um impulso de confiança e de abandono, pelo qual a pessoa renuncia escorar-se em si mesma para abandonar-se à palavra e ao poder daquele que crê. Cafarnaum (Kapernaum) é uma cidade situada na margem noroeste do lago de Genesaré, chamado também de lago Tiberíades, ou com o seu nome mais antigo de Kinnereth [= harpa] ou, em geral, mar da Galileia. A oração do centurião está repleta de fé, reverência e humildade; tinha ouvido falar das inúmeras curas realizadas por Jesus e, assim, tem-no em elevado conceito, como o demonstra no título que lhe dá: ‘Senhor’ (João 8,8). Não lhe dirige diretamente nenhuma súplica, e quando Jesus se mostra disposto a ir à casa do centurião, esse oficial romano confessa a Jesus que acredita no poder de sua palavra e que, mesmo à distância, pode operar milagre” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite