Terça, 29 de novembro de 2022

(Is 11,1-10; Sl 71[72]; Lc 10,21-24) 

1ª Semana do Advento.

“Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: ‘Felizes os olhos que veem o que vós vedes!’” Lc 10,23.

“Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por ‘muitos profetas e reis’ que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado. Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência. Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes. O máximo que se poderá alcançar é a visão da realidade humana do Messias, seu aspecto exterior e suas características secundárias. Sua verdadeira identidade de Filho de Deus só pode ser conhecida por aqueles a quem o Pai revelar. Privado deste dado fundamental, esse conhecimento da pessoa do Messias, Jesus esvazia-se e perde toda a sua relevância. O segundo pressuposto refere-se à postura espiritual de quem recebe a graça de reconhecer o Messias. Somente os simples e pequeninos, os não-contaminados pelo espírito de soberba próprio dos sábios e entendidos deste mundo, é que terão acesso a este conhecimento elevado. O que os sábios em vão buscam conseguir, aos pequeninos é revelado diretamente por Deus. Estes têm a felicidade de ver e ouvir o Messias e predispor-se a acolher o Reino proclamado por ele. – Pai, dá-me um coração de pobre disposto a acolher a revelação de teu Filho Jesus que tu me fazes. Que eu tenha a felicidade de reconhece-lo, com ajuda de tua graça (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite