(3Jo 5-8; Sl 11[112]; Lc 18,1-8)
32ª Semana do Tempo Comum.
“E Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai
fazê-los esperar?” Lc 18,7.
“Para incentivar seus
discípulos a orar sem desanimar, Jesus contou-lhes a Parábola da Viúva e do
Juiz. Ele, o juiz, não temia a Deus e nem respeitava as pessoas. A viúva, a
todo instante, dirigia-se ao juiz pedindo-lhe que julgasse uma causa sua. Vendo
que ela não iria parar tão cedo de pedir, o juiz resolve atende-la. E foi aí
que Jesus, através de uma pergunta retórica, mostrou que Deus ouviria o clamor
dos seus e faria justiça. Orar é algo que podemos fazer todos os dias desde o
instante que acordamos. Não é preciso fechar os olhos, juntar as mãos. Até
podemos fazer isso. Contudo, enquanto estamos nos vestindo, tomando nosso café,
ou indo ao trabalho, podemos erguer nossos pensamentos a Deus para lhe
agradecer e pedir bênçãos para nós próprios e para o nosso semelhante. Mas Deus
atende mesmo as nossas orações? Sim, Ele atende. Só que Ele as atende segundo
os seus e não os nossos critérios. Aliás, alguém já disse certa vez que Deus
atende de três modos diferentes as nossas orações: dizendo sim, não ou espera
um pouco. E porque Ele é confiável, porque Ele sempre nos dará aquilo que irá
contribuir de fato para o nosso bem, é que nós, confiantes, pedimos que nos
atenda segundo o seu querer, como o fazemos no Pai-nosso, onde dizemos: ‘Seja
feita a vossa vontade, assim na terra como no céu’. Oremos, pois,
insistentemente, como aquela viúva. Mas deixemos que Deus decida o que é o
melhor para nós. – Senhor, eu reconheço que muitas vezes já fiquei
triste por não fazeres o que te pedi. Perdoa-me, Senhor. Ajuda-me para que eu
confie em ti de todo o coração e para que eu siga humilde aceitando o teu
querer e não impondo o meu. Amém” (Egon Martim Seibert – Meditações
para o dia a dia [2015] Vozes).