(Fl 3,17—4,1; Sl 121[122]; Lc 16,1-8)
31ª Semana do Tempo Comum.
“Com efeito, os
filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” Lc 16,8b.
“Um autêntico caso de
corrupção ofereceu a Jesus a chance de ensinar aos discípulos, mediante uma
parábola, a importância de ser esperto em relação ao Reino de Deus. Naquele
tempo, os gerentes de propriedades alheias agiam com muita liberdade, sem um
controle imediato. O patrão confiava na responsabilidade do empregado. Este era
recompensado pelo que produzia: quanto mais os bens se multiplicavam, tanto
maior era o seu salário. O Evangelho fala de um administrador que, agindo com
irresponsabilidade e imprudência, estava desperdiçando os bens que lhe tinham
sido confiados. Quando o patrão começa a cobrá-lo por isso, esse administrador
arquiteta um plano para garantir seu futuro e sua segurança. Com uma ação
fraudulenta, busca granjear a benevolência dos devedores, prejudicando o
patrão. Uma vez despedido, teria quem se sentisse na obrigação de recebe-lo,
como sinal de gratidão. Comparando com o Reino, os discípulos são instruídos a
serem tão hábeis e espertos como o administrador desonesto. Este, no trato com as
coisas humanas, obstinou-se em buscar caminhos para alcançar seus objetivos. Do
mesmo modo, o discípulo do Reino, com
relação às realidades celestes, deve ter claro o fim a ser atingido e a maneira
mais conveniente de fazê-lo. Neste caso, basta ser obstinado na prática da
misericórdia. – Espírito que leva a ser esperto nas coisas de Deus,
faze-me sempre hábil na prática da misericórdia, único meio de se obter a
salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite