Segunda, 14 de novembro de 2022

(Ap 1,1-4; 2,1-5; Sl 01; Lc 18,35-43) 

33ª Semana do Tempo Comum.

“’O que queres que eu faça por ti?’ O cego respondeu: ‘Senhor, eu quero enxergar de novo’” Lc 18,41.

“Ao fazer a leitura do profeta Isaías, na sinagoga de Nazaré, Jesus identificou-se com o Messias, ungido pelo Espírito do Senhor, para ‘anunciar aos cegos a recuperação da vista’. De certo modo, todo o seu ministério consistiu em ajudar a humanidade a superar a cegueira de que era vítima. Cegueira do egoísmo, que impede de reconhecer o semelhante como quem merece afeição. Cegueira da idolatria, que leva o ser humano a trocar Deus pela criatura e deixar-se tiranizar por ela. Cegueira do pecado, com suas mais diversas manifestações, cujo resultado é a desumanização da pessoa, reduzindo-a à mais terrível escravidão. A súplica do cego de Jericó pode ser a de todo discípulo: ‘Senhor que eu veja!’ Sim, o discipulado exige a libertação de todo tipo de cegueira. Isto só pode ser a súplica de todo discípulo: ‘Senhor, que eu veja!’ Sim, o discipulado exige a libertação de todo tipo de cegueira. Isto só pode ser obra de Jesus. É de quem possibilita ao discípulo ter visão e discernimento para fazer as escolhas certas e optar pelos caminhos mais condizentes com as exigências do Reino. Contudo, o motor de tudo isto é a fé. No caso do cego de Jericó, foi a fé que o moveu a implorar misericórdia junto a Jesus. E também, pela fé, o discípulo é levado a buscar libertação junto a ele. Quanto mais profunda ela for, tanto mais apurada será a visão do discípulo, ou seja, maior será sua capacidade de ‘ver’ o que Deus deseja dele. – Espírito que faz recobrar a visão, abre meus olhos para que eu possa discernir, com clareza, os caminhos do Reino, e andar por eles, com determinação e segurança (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite