(Ap 20,1-4.11—21,2; Sl 83[84]; Lc 21,29-33)
34ª Semana do Tempo Comum.
“O céu e a terra
passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” Lc 21,33.
“As palavras de Jesus
são palavras eternas, pois deram-nos a conhecer a intimidade do Pai e o caminho
que devíamos seguir para chegara até Ele. Permanecerão porque foram
pronunciadas por Deus para cada homem, para cada mulher que vem a este mundo.
‘Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos aos nossos pais
pelos profetas, ultimamente, nestes dias, falou-nos por meio do seu Filho’ (Hb
1,1). ‘Estes dias’ são também os nossos. Jesus Cristo continua a falar, e as
suas palavras, por serem divinas, são sempre atuais. Toda a Escritura anterior
a Cristo adquire o seu sentido exato à luz da figura e da pregação do Senhor.
Santo Agostinho, com uma expressão vigorosa, escreve que ‘a Lei estava prenhe
de Cristo’. E afirma em outro lugar: ‘Lede os livros proféticos sem ver Cristo
neles: não há nada mais insipido, mais insosso. Mas descobri Cristo neles, e
isso que ledes torna-se não só saboroso, mas embriagador’. É Cristo que
descobre o profundo sentido que se contém em toda a revelação anterior: ‘Então
abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras’ (Lc 24,45).
[...] A Igreja sempre recomendou a leitura e a meditação dos textos sagrados,
principalmente do Novo Testamento, em cujas passagens encontramos sempre Cristo
que vem ao nosso encontro. Uns poucos minutos diários ajudam-nos a conhecer
melhor Jesus, a amá-lo mais, pois só amamos aquilo que conhecemos bem” (Francisco
Fernandez-Carvajal – Falar com Deus – Vol. 5 – Quadrante)
Pe. João Bosco Vieira Leite