Terça, 22 de novembro de 2022

(Ap 14,14-19; Sl 95[96]; Lc 21,5-11) 

34ª Semana do Tempo Comum.

“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído” Lc 21,6.

“O discurso sobre o fim do mundo revela a fragilidade das realidades humanas. Nem mesmo o Templo, construído para ser a habitação de Deus no meio do povo, estaria a salvo da destruição. A constatação de Jesus a respeito da destruição do Templo expressa o destino das realidades humanas: ‘Não ficará pedra sobre pedra’. O fim de tudo é a sua ruína. Experiência dolorosa, que será acompanhada de tentativas de engano: muitos se apresentarão como messias, anunciando a chegada do fim. Guerras e revoluções, terremotos e epidemias, prodígios e sinais no céu se revelarão, também, essa chegada. Mas, ao contrário do que diziam os falsos profetas, Jesus afirma que ‘não será o fim’. O Mestre assegura isso, com a linguagem apocalíptica da época. Não lhe interessa, porém, inculcar em seus ouvintes os sentimentos dos quais essa linguagem estava carregada. Ele quer tão-somente conscientizar a comunidade acerca da importância de dedicar-se às coisas impossíveis de serem destruídas: a fé e o amor. Quando tudo tiver chegado ao fim, apenas estas duas realidades subsistirão. Só elas podem oferecer segurança e levar o discípulo a superar o medo terrificante que o confronto com a escatologia provoca. A beleza sólida da fé e do amor permanecerão, mesmo quando tudo o mais tiver reduzido a escombros. Isto porque são obras de Deus. – Espírito de fé e de amor, livra-me de centrar minha vida no que é passível de destruição, e faze-me testemunhar a fé e praticar o amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite