(Ml 3,13-20; Sl 01; Lc 11,5-13)
27ª Semana do Tempo Comum.
“Portanto, eu vos
digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto” Lc 11,9.
“Com duas parábolas,
que ele coloca depois do Pai-nosso, Lucas esclarece como e com que atitude
interna devemos orar. A parábola do amigo que acaba cedendo (Lc 11,5-8) nos faz
imaginar um lugarejo palestinense sem lojas. Cada casa produz seus próprios
alimentos. Então alguém recebe uma visita, altas horas da noite, e não tem nada
a oferecer a ela. Isso ele lamenta – no Oriente e na Grécia, a hospitalidade é
a melhor coisa do mundo. Por isso ele vai à casa de seu amigo, e bate à porta,
trancada com trave. O barulho que fará afastando a trave há de acordar os
meninos. A hospitalidade, porém, é um dever sagrado. Ele vai se levantar,
portanto, e dar ao amigo que pede tudo que precisa. Com essa parábola Lucas
quer nos dizer que Deus é nosso amigo. E Lucas interpreta a parábola no sentido
da filosofia grega: nós cristãos, somos os amigos de Deus (Grundmann, p. 234).
Orar significa falar com Deus como fala com um amigo. E ele não deixará de
atender, pois a amizade entre Deus e nós é muito mais firme ainda do que aquela
entre os homens” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite