Quinta, 10 de outubro de 2019


(Ml 3,13-20; Sl 01; Lc 11,5-13) 
27ª Semana do Tempo Comum.

“Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto” Lc 11,9.

“Com duas parábolas, que ele coloca depois do Pai-nosso, Lucas esclarece como e com que atitude interna devemos orar. A parábola do amigo que acaba cedendo (Lc 11,5-8) nos faz imaginar um lugarejo palestinense sem lojas. Cada casa produz seus próprios alimentos. Então alguém recebe uma visita, altas horas da noite, e não tem nada a oferecer a ela. Isso ele lamenta – no Oriente e na Grécia, a hospitalidade é a melhor coisa do mundo. Por isso ele vai à casa de seu amigo, e bate à porta, trancada com trave. O barulho que fará afastando a trave há de acordar os meninos. A hospitalidade, porém, é um dever sagrado. Ele vai se levantar, portanto, e dar ao amigo que pede tudo que precisa. Com essa parábola Lucas quer nos dizer que Deus é nosso amigo. E Lucas interpreta a parábola no sentido da filosofia grega: nós cristãos, somos os amigos de Deus (Grundmann, p. 234). Orar significa falar com Deus como fala com um amigo. E ele não deixará de atender, pois a amizade entre Deus e nós é muito mais firme ainda do que aquela entre os homens” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite