Segunda, 28 de outubro de 2019


( Ef 2,19-22; Sl 18[19A]; Lc 6,12-19) 
Santos Simão e Judas Tadeu, apóstolos.

“Naqueles dias, Jesus foi a montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus” Lc 6,12.

“Hoje a nossa reflexão está centrada nas primeiras palavras deste evangelho. Introduções como esta podem passar despercebidas na nossa leitura quotidiana do Evangelho, mas – de fato – são da máxima importância. Passando uma noite toda em oração, no alto de uma montanha, Jesus se preparou para um momento importante de seu ministério: a escolha do grupo de discípulos, que seriam objeto de sua atenção especial, pois teria como tarefa levar adiante a sua missão. Como era essa oração do Senhor? É característico de Lucas, devoto da oração de Jesus, o empenho em registar estes momentos de intimidade entre Jesus e o Pai, ao longo do seu ministério. Estar em oração significava recorrer a Deus e deixar-se guiar por Ele, deveria ser uma prece cheia de confiança no Pai, de total abandono à sua vontade, de manifesta união à sua obra de salvação. Em vista de acertar na escolha a ser feita. Apenas desde esta profunda, longa e constante oração, sempre sustentada pela ação do Espírito Santo, o Senhor podia obter a força e a luz necessária para continuar a sua missão de obediência ao Pai para cumprir a sua obra vicária de salvação dos seres humanos. Afinal, a oração ilumina e fortalece a ação missionária. Os discípulos deveriam ficar a serviço do Reino do Pai, e só este poderia oferecer ao Filho os critérios corretos de discernimento. Do que se infere da sua vida, os nomes sugeridos pelo Pai correspondiam aos de pessoas comuns, sem qualidades especiais. Humanamente falando, teria sido preferível escolher pessoas mais inteligentes, mais corajosas e dispostas a enfrentar adversidades, menos apegadas a certos esquemas mentais inconvenientes, mais sintonizadas com o modo de pensar de Jesus. – Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação” (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia[2015] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite