Quarta, 23 de outubro de 2019


(Rm 6,12-18; Sl 123[124]; Lc 12,39-48) 
29ª Semana do Tempo Comum.

“Então iremos pecar, porque não estamos sob o regime da lei, mas sob o regime da graça? De modo algum!” Rm 6,15.

“Permanecer no pecado, desligados, isolados do calor e do amor de Jesus? Que pergunta, que questionamento! Pecar, quebrar a amizade com Deus, com a natureza, com os irmãos e irmãs, com a comunidade, conosco mesmos, virando as costas à luz, à esperança, à festa da redenção, seria tudo isso uma grande tolice. Paulo fala que é possível algumas pessoas viverem no pecado. Certamente é uma opção de quem tem a mente limitada, obstruída pelo egoísmo e endeusamento de si mesmo. O pecado existiu no coração e na práxis desde os primeiros homens e mulheres que vieram ao mundo. Mas o questionamento do Criador nos acompanha. Deus mostra a incapacidade do ser humano de conseguir por si mesmo a salvação. Sem Cristo é impossível a salvação. Ele é o caminho para o Pai. O pecado consiste substancialmente na recusa da oferta de amor de nosso Deus, manifestada claramente, pessoalmente em Cristo Jesus. Construir a vida como autônomo, como fonte e origem de salvação, eis o pecado. Sua consequência é a morte. O isolamento. A idolatria da própria vontade e liberdade. É autossuficiência. Não há maior alienação que o pecado. Por ele nos tornamos seres de mercadoria, vendidos banalmente ao mal. Ficamos distantes, fechados no egoísmo, negando nosso amor a Deus e aos irmãos. A graça, a Pessoa de Jesus vem nos desalinhar desta situação. – Senhor, ajudai-nos a superar a frustração em que o pecado nos deixa. Absolvei-nos de todas as nossas fracas opções. Dai-nos vontade e determinação para sermos fiéis filhos do Pai. Reabilita-nos novamente. Que a comunhão e amizade, a graça reinem completamente em todos nós. Amém (Luiz Demétrio Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite