(Rm 6,12-18; Sl 123[124]; Lc 12,39-48)
29ª Semana do Tempo Comum.
“Então iremos pecar,
porque não estamos sob o regime da lei, mas sob o regime da graça? De modo
algum!” Rm 6,15.
“Permanecer no
pecado, desligados, isolados do calor e do amor de Jesus? Que pergunta, que
questionamento! Pecar, quebrar a amizade com Deus, com a natureza, com os
irmãos e irmãs, com a comunidade, conosco mesmos, virando as costas à luz, à
esperança, à festa da redenção, seria tudo isso uma grande tolice. Paulo fala
que é possível algumas pessoas viverem no pecado. Certamente é uma opção de
quem tem a mente limitada, obstruída pelo egoísmo e endeusamento de si mesmo. O
pecado existiu no coração e na práxis desde os primeiros homens e mulheres que
vieram ao mundo. Mas o questionamento do Criador nos acompanha. Deus mostra a
incapacidade do ser humano de conseguir por si mesmo a salvação. Sem Cristo é
impossível a salvação. Ele é o caminho para o Pai. O pecado consiste
substancialmente na recusa da oferta de amor de nosso Deus, manifestada
claramente, pessoalmente em Cristo Jesus. Construir a vida como autônomo, como
fonte e origem de salvação, eis o pecado. Sua consequência é a morte. O
isolamento. A idolatria da própria vontade e liberdade. É autossuficiência. Não
há maior alienação que o pecado. Por ele nos tornamos seres de mercadoria,
vendidos banalmente ao mal. Ficamos distantes, fechados no egoísmo, negando
nosso amor a Deus e aos irmãos. A graça, a Pessoa de Jesus vem nos desalinhar
desta situação. – Senhor, ajudai-nos a superar a frustração em que o
pecado nos deixa. Absolvei-nos de todas as nossas fracas opções. Dai-nos
vontade e determinação para sermos fiéis filhos do Pai. Reabilita-nos
novamente. Que a comunhão e amizade, a graça reinem completamente em todos nós.
Amém” (Luiz Demétrio Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus [1995]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite