Terça, 30 de abril de 2024

(At 14,19-28; Sl 144[145]; Jo 14,27-31) 5ª Semana da Páscoa.

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo” Jo 14,27a.

“A presença do Ressuscitado era a certeza da paz para a comunidade cristã. Jesus, porém, contrapunha sua paz à paz oferecida pelo mundo. Elas são irreconciliáveis. O discípulo de Jesus necessita estar atento para não confundi-las. Em que elas se distinguem? A paz de Jesus funda-se no amor e na justiça e tem em mira o surgimento de um mundo verdadeiramente fraterno, onde os bens sejam compartilhados entre todos, sem exceção. Ela tende a levar os discípulos a uma comunhão tão profunda, a ponto de se sentirem um só coração e uma só alma. A paz de Jesus rejeita toda a espécie de idolatria, que coloca criaturas no lugar de Deus e submete o ser humano a um regime de opressão. Ela é toda feita de esperança. A paz que o mundo oferece prescinde de Deus e se funda num projeto contrário ao dele. Aí, se encontram a injustiça, a concentração de bens às custas da exploração alheia, o desrespeito pelo ser humano. É o império do egoísmo que idolatra pessoas e coisas, e transforma os indivíduos em seus escravos. Jesus alertou a comunidade para que não se deixasse enganar pelo príncipe deste mundo. O discípulo não se perturba, mesmo sabendo que é desafiar trilhar os caminhos da paz do Senhor. – Senhor Jesus, conduze-me pelos caminhos da tua paz, que é fruto do amor e da justiça, expressões da comunhão fraterna (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite