(At 8,26-40; Sl 65[66]; Jo 6,44-51) 3ª Semana da Páscoa.
“Eu sou o
pão vivo descido do céu” Jo 6,51a.
“O
discurso de Jesus sobre o ‘pão da vida’ assume novas tonalidades. No Evangelho
de hoje lemos a passagem da primeira parte, de tipo marcadamente sapiencial (cf.
Jo 6,35-50), e a segunda, de acento eucarístico (cf. Jo 6,51-58). Segue,
entretanto, a incredulidade dos judeus, a murmuração, típica dos pais do
deserto (cf. 6,41-42): eles têm diante dos olhos as provas da graça de Deus e
não acreditam. A murmuração dá ocasião a Jesus de ensinar como ir até Ele,
comendo o pão que Ele dá e que é a Sua carne para a vida do mundo (v. 51).
[Compreender a Palavra:] Como é que o carpinteiro, crescido em Nazaré à vista
de todos, pode ter ‘descido do Céu’? (cf. Jo 6,42). Ver com os olhos e não
reconhecer com o coração é típico de quem se mantém fechado ao dom de Deus, que
é a fé. João coloca-nos diante de um grande mistério (a adesão a Cristo Jesus),
revelando-nos um aspecto fundamental: a possibilidade da fé é um dom de Deus,
não é fruto nem da inciativa nem do mérito do homem (v. 44). Quem aceita a
iniciativa divina, deixando-se guiar por ela, encontra a Cristo, o único que
viu o Pai e O revela (vv. 45-46)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).
Pe. João
Bosco Vieira Leite