Terça, 02 de abril de 2024

(At 2,36-41; Sl 32[33]; Jo 20,11-18) Oitava de Páscoa.

“Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’ e contou o que Jesus lhe tinha dito”

Jo 20,18.

“A suspeita do roubo do corpo de Jesus deixou Maria Madalena transtornada. Estava chorando desolada, diante do túmulo vazio, quando foi abordada pelo Ressuscitado. Num primeiro momento, Jesus Ressuscitado fora confundido com um jardineiro que, eventualmente, pudesse ter tido a ideia de transportar o corpo para um outro local. O imenso amor de Maria Madalena a predispôs a ir, pessoalmente, buscar o corpo do Mestre e a recolocá-lo no túmulo. Tarefa que não lhe pareceu impraticável, apesar de estar sozinha. Uma simples exclamação, porém, mudou tudo. Bastou que Jesus a chamasse pelo nome, ‘Maria’, para se fazer reconhecido. A ternura e a amizade colocadas nesta palavra levou-a a não ter mais dúvidas de estar diante do Mestre. Jesus, entretanto, deu a este episódio uma dimensão missionária. À Maria Madalena foi confiada a tarefa de comunicar aos discípulos a próxima volta do Ressuscitado para junto do Pai. Em última análise, tratava-se de proclamar que a morte não tivera a última palavra na vida de Jesus. Pelo contrário, ele voltava vivo para o Pai. Disto se podia concluir que valia a pena ser-lhe fiel, e que, embora a injustiça possa, num determinado momento, prevalecer, jamais o justo estará fadado ao fracasso. Depois desse encontro com o Senhor ressuscitado, Maria Madalena tornou-se missionária da alegria e da esperança. Competia-lhe recuperar, no coração dos discípulos, o sentido do seguimento de Jesus. O Mestre estava vivo e o discipulado deveria continuar. – Senhor Jesus, faze-me compreender minha missão: recuperar a alegria e a esperança, no coração de quem perdeu a esperança de se encontrar contigo (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite