(At 2,36-41; Sl 32[33]; Jo 20,11-18) Oitava de Páscoa.
“Então
Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: ‘Eu vi o Senhor!’ e contou o que
Jesus lhe tinha dito”
Jo
20,18.
“A
suspeita do roubo do corpo de Jesus deixou Maria Madalena transtornada. Estava
chorando desolada, diante do túmulo vazio, quando foi abordada pelo
Ressuscitado. Num primeiro momento, Jesus Ressuscitado fora confundido com um
jardineiro que, eventualmente, pudesse ter tido a ideia de transportar o corpo
para um outro local. O imenso amor de Maria Madalena a predispôs a ir,
pessoalmente, buscar o corpo do Mestre e a recolocá-lo no túmulo. Tarefa que
não lhe pareceu impraticável, apesar de estar sozinha. Uma simples exclamação,
porém, mudou tudo. Bastou que Jesus a chamasse pelo nome, ‘Maria’, para se
fazer reconhecido. A ternura e a amizade colocadas nesta palavra levou-a a não
ter mais dúvidas de estar diante do Mestre. Jesus, entretanto, deu a este
episódio uma dimensão missionária. À Maria Madalena foi confiada a tarefa de
comunicar aos discípulos a próxima volta do Ressuscitado para junto do Pai. Em
última análise, tratava-se de proclamar que a morte não tivera a última palavra
na vida de Jesus. Pelo contrário, ele voltava vivo para o Pai. Disto se podia
concluir que valia a pena ser-lhe fiel, e que, embora a injustiça possa, num
determinado momento, prevalecer, jamais o justo estará fadado ao fracasso.
Depois desse encontro com o Senhor ressuscitado, Maria Madalena tornou-se
missionária da alegria e da esperança. Competia-lhe recuperar, no coração dos
discípulos, o sentido do seguimento de Jesus. O Mestre estava vivo e o
discipulado deveria continuar. – Senhor Jesus, faze-me compreender
minha missão: recuperar a alegria e a esperança, no coração de quem perdeu a
esperança de se encontrar contigo” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite