Sexta, 12 de abril de 2024

(At 5,34-42; Sl 26[27]; Jo 6,1-15) 2ª Semana da Páscoa.

“Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: ‘Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?’” Jo 6,5.

“Jesus revela a Sua alteridade divina preocupando-se com a vida dos seres humanos. Com efeito, a superabundância dos recursos tornada disponível pela sua atuação, parte da sua determinação em partilhar com os seres humanos a Si próprio e quanto de material está à sua disposição. O Nazareno atua e a narração evangélica faz compreender quanto seja diversa a relação que aqui se cria entre Deus e os homens a respeito da que fora estipulada com libertação do Egito, do pão ázimo da partida para o maná do deserto. A confiança no Pai – que Jesus vive dando graças antes de repartir os pães e os peixes – está na base de uma existência em que tudo é sinal da benevolência divina para os seres humanos e convite à partilha com os semelhantes daquilo que se é e se tem. Tudo acontece sem o temor, por vezes inibidor, de que tudo aquilo que está em nosso poder seja pouco para tanta gente. O que verdadeiramente conta é partir dos nossos recursos, espirituais e materiais, e levar uma vida que não procure a exteriorização assombrosa como fim em si mesma, mas o nível máximo de felicidade possível ao maior número de pessoas. Procurando que nada se perca, aprendendo a utilizar a inteligência de coração para otimizar as energias e capacidades próprias e alheias, colocando-as ao serviço dos seres humanos, sem distinções nem complexos de superioridade ou inferioridade. Procurando ser à imagem e semelhança do Deus de Jesus Cristo. – Senhor Jesus, que colocastes à disposição dos seres humanos tudo aquilo que sois para o seu bem, ajudai-nos a melhorar constantemente a nossa generosidade a favor de todos os que encontramos na nossa vida (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite