(At 1,12-14; Sl Lc 01; Lc 1,26-28)
Nossa Senhora do Rosário.
“O anjo entrou onde
ela estava e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Lc 1,28.
“Era chamada Festa do
Santíssimo Rosário antes da reforma do calendário, em 1969. A celebração fora
instituída por são Pio V para recordar a vitória obtida pela frota cristã em
1571, nas águas de Lepanto, num desigual encontro com a poderosa armada turca.
O piedoso pontífice, dominicano, foi advertido miraculosamente do feliz
resultado enquanto estava absorto na recitação do santo rosário. Como bom filho
de são Domingos, que havia inculcado tal devoção em seus frades pregadores, o
papa recitava cotidianamente o assim chamado Saltério da Virgem, oração
simples, mas não monótona – assim como não aborrece uma simples palavra de amor
repetida seguida e imutavelmente à pessoa amada. Nos conventos medievais, os
irmãos leigos, que tinham pouca familiaridade com o latim, eram dispensados da
recitação do Ofício, substituído pelo rosário, de 150 ave-marias e 15
pais-nossos, para cuja contagem são Beda, o Venerável, havia sugerido a adoção
de um colar de grãos enfiados em um cordão. Depois da célebre aparição da
Virgem a são Domingos, que lhe mostrou a coroa do rosário como arma para derrotar as
heresias, surgiram várias confrarias do rosário, em várias nações da Europa.
Também as missões dos frades pregadores no Extremo Oriente foram promovidas sob
o signo do rosário, porque esta oração, disse-lhes são Domingos, ‘é uma pedra
preciosa no tesouro da Igreja’. A recitação do rosário, já apoiada pelo santo
pontífice Pio V, foi estendida à Igreja universal em 1716, porque ela
compreendia em certo sentido todas as festas da Virgem e a vida do Redentor, ao
qual Maria foi associada como corredentora. Nos 15 mistérios* propostos aos
cristãos outros tantos temas de meditação sobre a vida de Jesus e de Maria. O
rosário foi chamado também ‘o breviário do povo de Deus’, que deve ser recitado
preferivelmente à noite por toda a família reunida, animada de um único
espírito de oração” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do
Ocidente e do Oriente –
Paulinas).
* atualmente
20, com o acréscimo de João Paulo II dos Mistérios da Luz.
Pe. João Bosco Vieira Leite