(Gl 4,22-24.26-27.31—5,1; Sl 12[113]; Lc 11,29-32)
28º Domingo
do Tempo Comum.
“Quando as multidões
se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: ‘Esta geração é uma
geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o
sinal de Jonas’” Lc 11,29.
“Muitas pessoas
exigiam de Jesus sinais espetaculares como pré-requisito para darem o passo da
fé. Com isso pensavam estar dispensados de optar livremente por ele. A opção
resultaria da convicção intelectual, pois diante de um feito miraculoso,
extraordinário, seria impossível não reconhecer Jesus como Messias. A recusa de
Jesus foi peremptória. Não lhes seria dado nenhum sinal que pudesse poupar as
multidões do risco de escolher. Tinham Jesus diante de si. Suas palavras e seus
gestos miraculosos eram bem conhecidos. De forma alguma, ele iria pressionar as
pessoas a darem o passo da fé, pois tinha pleno respeito pela liberdade humana.
O Mestre, porém, permanecia à má vontade de seus interlocutores. No passado, os
habitantes de Nínive, que eram pagãos, haviam se convertido ao ouvir a pregação
de um desconhecido: Jonas. A rainha do Sul, uma pagã, também, viera de longe
para deixar-se instruir por Salomão. Quanto a eles – Jesus – os seus
contemporâneos apesar de o terem próximo de si, falando uma linguagem
perfeitamente inteligível e dando mostras da origem divina de seus
ensinamentos, não se sentiam motivados a acolhê-los. Portanto, os pagãos
tiveram mais sensibilidade para acolher a salvação de Deus, do que os membros
do povo eleito. – Espírito de boa vontade, abre meu coração para
acolher Jesus, na fé, sem exigir prodígios que me dispensem de entregar-me
livremente a ele” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite