(Gl 1,13-24; Sl 138[139]; Lc 10,38-42)
27ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus entrou num
povoado e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa” Lc 10,38.
“A experiência de
acolhida e hospitalidade na casa de uma família amiga é um alívio para Jesus,
depois dos tristes episódios de rejeição, na sua longa marcha para Jerusalém.
Afinal, a cena evangélica torna-se uma ilustração vida das diferentes maneiras
de acolher Jesus. Marta e Maria expressam duas formas de acolhimento: por um
lado, o serviço generoso; por outro a escuta atenta. Qual das duas atitudes
apresenta-se como a mais conveniente? O texto evangélico recupera o papel da
mulher, na comunidade cristã. Marta representa o tipo tradicional de mulher,
ocupada nas lidas domésticas. A atitude de Maria tem um quê de novidade: ela
assume a condição de discípula, que se coloca aos pés do Mestre para escutá-lo
e, posteriormente, torna-se apóstola do Evangelho. Evangelicamente, só tem
sentido escutar a Palavra, se for para colocá-la em prática. Esta é a situação
de Maria. Sua escuta não é mero passatempo, nem puro gesto de deferência a
Jesus. A atitude de Maria corresponde a um avanço em relação àquela de Maria. A
mulher cristã pode também tornar-se apóstola, superando o simples âmbito
doméstico de sua ação. O único pré-requisito é estar em profunda comunhão com o
Mestre, compreender o sentido de suas palavras e esforçar-se para
testemunhá-las com a vida. – Espírito de escuta, predispõe-me para
ouvir as palavras de Jesus, assimilá-las e testemunhá-las com a minha vida” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite