(Ef 5,21-33; Sl 127[128]; Lc 13,18-21)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus dizia: ‘A que
é semelhante o Reino de Deus e com que poderei compará-lo?’” Lc 13,18.
“A caminho de
Jerusalém, Jesus conta duas pequenas parábolas, para dispor os discípulos para
a experiência que haveriam de fazer. Nelas se estabelece o contraste entre o
início do Reino, na humildade e na perda, o seu fim grandioso. Só quem foi
alertado para dinâmica divina será capaz de superar o desânimo e a decepção do
momento. A semente de mostarda era símbolo de pequenez. Todavia, esse grão
minúsculo, lançado na terra, germina e se torna um arbusto de até três metros,
permitindo às aves pousar em seus ramos. Também a pitadinha de fermento, ao ser
colocada numa quantidade excepcional de farinha (três medidas) ou seja, cerca
de 50 quilos, era suficiente para fermentá-la e torna-la apta para a fabricação
do pão. Com o Reino dá-se algo semelhante. É preciso esperar com confiança. Seu
projeto iniciado com um punhado de pessoas sem projeção social, tidas como
estranhas para os esquemas religiosos da época, e sem muitas perspectivas, era
como o grão de mostarda e o fermento. Pequenos e frágeis, mas destinados a um
fim grandiosos. Por trás desta dinâmica, estava o dedo de Deus. Ele é que
capacitaria este grupo inexpressivo para se tornar mediação de propagação do
Reino, de modo a fermentar toda a história humana. – Espírito de
esperança em Deus, ensina-me a perceber a ação divina fermentando a história
humana por meio de pessoas frágeis e humildes” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).