Quinta, 13 de outubro de 2022

(Ef 1,1-10; Sl 97[98]; Lc 11,47-54) 

28ª Semana do Tempo Comum.

“Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram” Lc 11,47.

“A franqueza usada por Jesus no confronto com os seus adversários permitia-lhe entrever o que se passava no coração deles. Recusava-se a pactuar com sua hipocrisia, denunciando o modo como pretendiam agradar a Deus. Essa liberdade de Jesus em denunciar o comportamento dos seus adversários só podia torna-lo alvo de ódio feroz. A experiência do Mestre estava em perfeita consonância com a dor dos profetas do passado. Também eles foram perseguidos e mortos, sem que o povo desse ouvido à apelos. Em outras palavras, preferiu-se calar a voz de Deus a acolhê-la com humildade desejo de conversão. Mais que todos os profetas e mensageiros do passado, Jesus era a voz privilegiada de Deus na história humana. Na condição de Filho, fora enviado para proclamar o caminho da salvação. Todas as suas palavras e suas ações deveriam levar as pessoas a se converterem para o Reino. No entanto, por parte de um grupo de escribas e fariseus, só encontrou fechamento e recusa de acolher o caminho que ele lhes propunha. O Pai pedirá contas a esse grupo de pessoas, como pediu aos que derramaram o sangue dos profetas, desde a criação do mundo. Tamanha insensibilidade clama aos céus! Sua punição manifesta a rejeição divina de pactuar com a maldade. – Espírito de receptividade, faze-me dócil para acolher as palavras de Jesus, deixando-me tocar e converter por elas (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite