(Ef 1,1-10; Sl 97[98]; Lc 11,47-54)
28ª Semana do Tempo Comum.
“Ai de vós, porque
construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram” Lc 11,47.
“A franqueza usada
por Jesus no confronto com os seus adversários permitia-lhe entrever o que se
passava no coração deles. Recusava-se a pactuar com sua hipocrisia, denunciando
o modo como pretendiam agradar a Deus. Essa liberdade de Jesus em denunciar o
comportamento dos seus adversários só podia torna-lo alvo de ódio feroz. A
experiência do Mestre estava em perfeita consonância com a dor dos profetas do
passado. Também eles foram perseguidos e mortos, sem que o povo desse ouvido à
apelos. Em outras palavras, preferiu-se calar a voz de Deus a acolhê-la com
humildade desejo de conversão. Mais que todos os profetas e mensageiros do
passado, Jesus era a voz privilegiada de Deus na história humana. Na condição
de Filho, fora enviado para proclamar o caminho da salvação. Todas as suas
palavras e suas ações deveriam levar as pessoas a se converterem para o Reino.
No entanto, por parte de um grupo de escribas e fariseus, só encontrou
fechamento e recusa de acolher o caminho que ele lhes propunha. O Pai pedirá
contas a esse grupo de pessoas, como pediu aos que derramaram o sangue dos
profetas, desde a criação do mundo. Tamanha insensibilidade clama aos céus! Sua
punição manifesta a rejeição divina de pactuar com a maldade. – Espírito
de receptividade, faze-me dócil para acolher as palavras de Jesus, deixando-me
tocar e converter por elas” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite