(Fl 2,1-4; Sl 130[131]; Lc 14,12-14)
31ª Semana do Tempo Comum.
“Pois estes poderiam
também convidar-te e isso já seria a tua recompensa” Lc 14,12b.
“Também este breve
discurso de Jesus deve ser interpretado espiritualmente e não de maneira
literal. A lição central está em que o bem deve ser praticado sem avisar a
vantagens temporais, buscando só a vantagem eterna no dia da ressurreição dos
justos. O discípulo de Jesus não deve deixar-se mover em seus atos pelo
egoísmo, não deve buscar a recompensa de seus serviços, não deve agir movido
pelos fins terrenos, mas sempre ter o coração elevado para as coisas do alto,
isto é, deve agir sempre movido pelo amor a Deus. Se em seus atos você procura
a recompensa no sentido terreno ou material, ficará suficientemente pago quando
receber o que pretendia. Todavia, se no que você faz sempre busca a Deus, ele
será sua recompensa, uma vez que buscou; a recompensa divina é a que tem valor
definitivo e só assim: atuando no meio dos homens, mas buscando a Deus, é que o
discípulo de Jesus Cristo se torna seu sacramento para o mundo, sinal do amor
que Deus tem por todos os homens. O cristianismo tem como espinha dorsal o dom
de si mesmo para os outros, à imitação de Jesus Cristo que se entregou por nós
e entregou-se até a morte na cruz. Somente o Pai é recompensa completa para o
serviço desinteressado do discípulo de Jesus; você, que é esse discípulo, que
quer chegar a sê-lo de modo perfeito, deve propor-se essa meta” (Alfonso Milagro
– O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite