(At 16,11-15; Sl 149; Jo 15,26—16,4)
6ª Semana do Tempo Comum.
“Quando vier o
Defensor que vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede
do Pai,
ele dará testemunho
de mim” Jo 15,26.
“Jesus havia
advertido os discípulos para a tentação de sentirem órfãos e desamparados. Ao
longo da missão, eles não teriam mais a presença física de Jesus, que lhes
fora, outrora, um referencial importante. A condição de ressuscitado exigia dos
discípulos reformularem sua forma de se relacionar com ele. A presença física
do Mestre fora substituída pela presença espiritual. Antevendo o risco que
corriam, Jesus havia prometido aos discípulos enviar-lhes, de junto do Pai, o
Defensor que estaria sempre junto deles, dando-lhes força para perseverarem no
testemunho. O Espírito Santo reforçaria a fé dos discípulos. Reforçaria também
a compreensão de tudo o que o Mestre lhes tinha ensinado, levando-os a perceber
as reais dimensões de sua fé. Seguros de não estarem crendo em vão, os
discípulos se predisporiam a dar um testemunho, mais e mais autêntico, do
Senhor. O Defensor é o Espírito da Verdade que livra os discípulos do erro.
Impede-os de cair nas ciladas do mal. Preserva-os do engano no qual o mundo os
quer enredar. Alerta-os diante da possibilidade de serem levados pela mentira
dos inimigos do Reino. Este dom é indispensável ao discípulo em missão, para
que não perca o rumo de sua ação. O Defensor, em última análise, é o Espírito
do Pai caminhando, com os discípulos do Filho Jesus – Senhor Jesus, que
o Defensor, enviado por ti de junto do Pai, esteja sempre comigo, ajudando-me a
realizar a missão de maneira autêntica e frutuosa” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite