Sábado, 29 de maio de 2021

(Eclo 51,17-27; Sl 18[19B]; Mc 11,27-33) 

8ª Semana do Tempo Comum. 

“Então eles responderam a Jesus: ‘Não sabemos’. E Jesus disse: ‘Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas” Mc 11,33.

“Não o não saber, mas o não se comprometer afasta de Deus. Os mestres da lei que perguntavam para testar Jesus e procurar prendê-lo se deparam com o dilema de todo seguidor: proclamar que Jesus é o Senhor e aceitar as consequências ou manter um silêncio superficialmente confortável e não tomar partido. Novamente, não é o conhecimento que transforma a vida, pois eles sabiam que o batismo de João era obra dos céus, mas não se deixaram tocar pelo que sabiam ser a verdade. Quanto de Deus nós conhecemos e preferimos vantajosamente ignorar? Todo o testemunho de Jesus foi de acolhida, de misericórdia, de compaixão... Nós preferimos pular toda essa parte, que nos provoca a sair de nós mesmos e ir ao encontro do outro para servir. Enquanto persistirmos nessa morosidade, não podermos conhecer verdadeiramente nosso Deus, não poderemos fazer a experiência do que significa ser filho de Deus, não colaboramos com seu projeto. A autoridade de Jesus vem dessa participação, dessa comunhão trinitária, Deus Pai, Filho e Espírito Santo que age livremente onde quer, sempre em comunidade. Age e reflete nos seres humanos essa forma de agir e de ser. Participar, criar comunhão, construir um mundo mais justo e fraterno, um verdadeiro mundo onde Deus é o Senhor – Reino de Deus – isso é conhecer a verdadeira fonte da autoridade de Jesus: Ele mesmo, em comunhão com o Pai e o Espírito, num projeto trinitário de salvação e santificação. – Queremos, Senhor, reconhecer somente a ti como único valor em nossa vida. Só Tu és bom, a tua bondade é que transforma todas as coisas em boas. Dá-nos reconhecer sempre que tudo conduz a ti, e percorrermos com alegria esse caminho, em cada instante da nossa vida. Amém!” (Clauzemir Makximotiv – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite