(At 15,7-21; Sl 95[96]; Jo 15,9-11)
5ª Semana da Páscoa.
“Se guardardes os
meus mandamentos, permanecereis no meu amor,
assim como eu guardei
os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor” Jo 15,10.
“A tarefa mais
importante do discípulo é permanecer em Jesus. A permanência é a condição para
poder dar frutos. O ramo só pode dar frutos se permanecer preso à videira.
Permanecer em Jesus significa, segundo a metáfora, ficar imbuído do espírito e
do amor de Jesus. Assim como o ramo recebe a seiva da videira, assim flui
dentro de nós o amor de Jesus manifestado na sua morte de cruz. Trata-se de um
permanecer mútuo. Nós devemos permanecer em Jesus. E então também ele
permanecerá em nós impregnando-nos com o seu amor. E esse amor nos faz dar
frutos. O verdadeiro fruto não consiste em grandes feitos exteriores, ele se
mostra, isso sim, no amor que passamos a irradiar. Tudo o que fazemos só será
fecundo se levar a marca do amor. As palavras que dissermos darão frutos se
forem palavras de amor. Os livros que escrevemos só ajudarão se forem imbuídos
de amor. O nosso desempenho profissional só contará na medida em que a sua
motivação for o amor. Claro, existem pessoas que realizam feitos geniais. Mas
se faltar o amor permanecerão infecundos. Desmanchar-se-ão. Mas, o amor não se
resume numa exigência moral que devemos cumprir. O amor fecundo emana de nós
quando estamos em contato com o nosso centro, quando Cristo se torna o nosso
centro e o nosso próprio eu. Em si mesmo, o eu é estéril. A fonte de nossa
vitalidade e criatividade está no nosso centro, no qual estamos unidos a
Cristo” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida –
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite