Quinta, 06 de maio de 2021

(At 15,7-21; Sl 95[96]; Jo 15,9-11) 

5ª Semana da Páscoa.

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor,

assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor” Jo 15,10.

“A tarefa mais importante do discípulo é permanecer em Jesus. A permanência é a condição para poder dar frutos. O ramo só pode dar frutos se permanecer preso à videira. Permanecer em Jesus significa, segundo a metáfora, ficar imbuído do espírito e do amor de Jesus. Assim como o ramo recebe a seiva da videira, assim flui dentro de nós o amor de Jesus manifestado na sua morte de cruz. Trata-se de um permanecer mútuo. Nós devemos permanecer em Jesus. E então também ele permanecerá em nós impregnando-nos com o seu amor. E esse amor nos faz dar frutos. O verdadeiro fruto não consiste em grandes feitos exteriores, ele se mostra, isso sim, no amor que passamos a irradiar. Tudo o que fazemos só será fecundo se levar a marca do amor. As palavras que dissermos darão frutos se forem palavras de amor. Os livros que escrevemos só ajudarão se forem imbuídos de amor. O nosso desempenho profissional só contará na medida em que a sua motivação for o amor. Claro, existem pessoas que realizam feitos geniais. Mas se faltar o amor permanecerão infecundos. Desmanchar-se-ão. Mas, o amor não se resume numa exigência moral que devemos cumprir. O amor fecundo emana de nós quando estamos em contato com o nosso centro, quando Cristo se torna o nosso centro e o nosso próprio eu. Em si mesmo, o eu é estéril. A fonte de nossa vitalidade e criatividade está no nosso centro, no qual estamos unidos a Cristo” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).  

Pe. João Bosco Vieira Leite