(Eclo 36,1-2.5-6.13-19; Sl 78[79]; Mc 10,32-45)
8ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus chamou de novo
os doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele”
Mc 10,32c.
“Justamente após o
terceiro anúncio da paixão, em que Jesus descreve em detalhes o que acontecerá
com ele, os filhos de Zebedeu se acercam de Jesus pedindo para si um lugar à
sua direita e à sua esquerda no Reino de Deus. Estes estão interessados em poder
e honra. Aspiram aos lugares de honra no Reino de Deus. Entenderam mal a
mensagem de Jesus do Reino de Deus. Nesse Reino não se tratará de nossos
poderes e sim da soberania de Deus. Ele deverá ser o centro, e não o ser
humano. Os discípulos veem no Reino de Deus algo que se possa possuir. Querem
usar Jesus para aumentar seu valor. Mas Jesus os confronta com a própria
verdade deles: ‘Não sabeis o que pedis. Podeis beber a taça que vou beber, ou
ser batizados com o batismo com que serei batizado?’ (10,38). Jesus faz
referência aos sofrimentos que os aguardarão se o seguirem. Seguir Jesus não
significa elevar-se acima dos homens, abusando de sua relação com Jesus para
sentir-se melhor do que os outros que não o conhecem. O seguimento inclui
a disposição de ser martirizado, de aceitar também as amarguras que Deus me
oferece durante o caminho interior. Todo caminho trilhado no seguimento de
Jesus leva também ao sofrimento. Sofremos com nossa própria deficiência e
sofremos com as pessoas que tantas vezes não nos compreendem” (Anselm Grün
– Jesus, Caminho para a Liberdade – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite