Terça, 18 de agosto de 2020

(Ez 28,1-10; Sl Dt 32; Mt 19,23-30) 

20ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus olhou para eles e disse: ‘Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível’” Mt 19,26.

“É ainda o mesmo episódio do jovem rico. Como sempre fazia, Jesus valorizava todas as oportunidades para transmitir sua mensagem de amor, a Boa-nova que ele trazia da parte do Pai. Depois da rejeição de sua proposta por parte do jovem rico, Jesus não fica decepcionado nem frustrado diante da negativa. Ao contrário, aproveita o episódio para transmitir duas verdades, difíceis de conciliar, mas ambas importantes: as riquezas atrapalham a adesão ao Evangelho, mas isto não impede Deus de usar sua misericórdia também com os ricos. E explica onde mora a diferença: se apelamos só para nossas forças, a tentação da riqueza frustra a adesão ao Evangelho. Mas se buscamos a graça de Deus, então tudo é possível. Assim fica também demonstrado que Deus não se guia por preconceitos. Ele não exclui os ricos do seu Reino. Contanto que larguem as riquezas, para ficarem desimpedidos e se colocarem no caminho do Mestre. Nem nós devemos ter este preconceito. Até porque estamos sujeitos à mesma tentação do jovem rico. Pois qualquer pequena riqueza pode se tornar um falso tesouro a enganar nosso coração. Assim, podemos ser pobres com cabeça de rico. E por causa de um falso tesouro, podemos perder a vida, como aconteceu com o jovem rico, iludido por suas grandes riquezas. Repete-se a insistência do Evangelho: só em Deus podemos confiar a realização de nossa vida. Pois se assim não fizermos, perdemos a grande oportunidade que Deus nos proporciona. E se repete a sentença: ‘Quem quiser salvar sua vida, a perderá. E quem a perder por causa de mim, a encontrará!’ – Senhor, nosso coração se deixa enganar tão facilmente por falsos tesouros. Pela força da vossa graça, queremos ser atraídos por Vós, para abraçar com alegria o vosso Reino de verdade e de amor. Amém! (Dom Luís Demétrio Valentini – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santa Helena. Nascida em Bitínia, de família plebeia, é a mãe do famoso imperador Constantino, mas por ser plebeia foi repudiada pelo marido, a lei romana não reconhece tão união. Quando Constantino foi aclamado imperador em 306, Helena pôde voltar a conviver com o filho. É com Constantino que se inaugura uma nova era para o cristianismo, quando o imperador se converte ao cristianismo e se faz batizar poucos antes de morrer. Não sabemos se Helena teve algo a ver com a conversão do filho. O historiador Eusébio relata que foi o imperador que conduziu a mãe à fé, embora outros achem o contrário. De qualquer forma, a mãe se destaca do filho pelo seu fervor religiosos que se traduziu em grandes obras de beneficência e na construção de célebres basílicas nos lugares santos. Em seu espírito explorador teria encontrado as três cruzes junto ao túmulo de Cristo em 326. Também teria encontrado a gruta do nascimento de Jesus em Belém. Em sua homenagem se ergueu uma igreja no monte das Oliveiras.   

 Pe. João Bosco Vieira Leite