(Ez 28,1-10; Sl Dt 32; Mt 19,23-30)
20ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus olhou para
eles e disse: ‘Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é
possível’” Mt 19,26.
“É ainda o mesmo
episódio do jovem rico. Como sempre fazia, Jesus valorizava todas as
oportunidades para transmitir sua mensagem de amor, a Boa-nova que ele trazia
da parte do Pai. Depois da rejeição de sua proposta por parte do jovem rico,
Jesus não fica decepcionado nem frustrado diante da negativa. Ao contrário,
aproveita o episódio para transmitir duas verdades, difíceis de conciliar, mas
ambas importantes: as riquezas atrapalham a adesão ao Evangelho, mas isto não
impede Deus de usar sua misericórdia também com os ricos. E explica onde mora a
diferença: se apelamos só para nossas forças, a tentação da riqueza frustra a
adesão ao Evangelho. Mas se buscamos a graça de Deus, então tudo é possível.
Assim fica também demonstrado que Deus não se guia por preconceitos. Ele não
exclui os ricos do seu Reino. Contanto que larguem as riquezas, para ficarem
desimpedidos e se colocarem no caminho do Mestre. Nem nós devemos ter este
preconceito. Até porque estamos sujeitos à mesma tentação do jovem rico. Pois
qualquer pequena riqueza pode se tornar um falso tesouro a enganar nosso
coração. Assim, podemos ser pobres com cabeça de rico. E por causa de um falso
tesouro, podemos perder a vida, como aconteceu com o jovem rico, iludido por
suas grandes riquezas. Repete-se a insistência do Evangelho: só em Deus podemos
confiar a realização de nossa vida. Pois se assim não fizermos, perdemos a
grande oportunidade que Deus nos proporciona. E se repete a sentença: ‘Quem
quiser salvar sua vida, a perderá. E quem a perder por causa de mim, a
encontrará!’ – Senhor, nosso coração se deixa enganar tão facilmente
por falsos tesouros. Pela força da vossa graça, queremos ser atraídos por Vós,
para abraçar com alegria o vosso Reino de verdade e de amor. Amém!” (Dom Luís
Demétrio Valentini – Meditações para o dia a dia [2015] –
Vozes).
Santo do Dia:
Santa Helena. Nascida em Bitínia,
de família plebeia, é a mãe do famoso imperador Constantino, mas por ser
plebeia foi repudiada pelo marido, a lei romana não reconhece tão união. Quando
Constantino foi aclamado imperador em 306, Helena pôde voltar a conviver com o
filho. É com Constantino que se inaugura uma nova era para o cristianismo,
quando o imperador se converte ao cristianismo e se faz batizar poucos antes de
morrer. Não sabemos se Helena teve algo a ver com a conversão do filho. O
historiador Eusébio relata que foi o imperador que conduziu a mãe à fé, embora
outros achem o contrário. De qualquer forma, a mãe se destaca do filho pelo seu
fervor religiosos que se traduziu em grandes obras de beneficência e na
construção de célebres basílicas nos lugares santos. Em seu espírito explorador
teria encontrado as três cruzes junto ao túmulo de Cristo em 326. Também teria
encontrado a gruta do nascimento de Jesus em Belém. Em sua homenagem se ergueu
uma igreja no monte das Oliveiras.
Pe. João Bosco Vieira Leite