Quarta, 12 de agosto de 2020

(Ez 9,1-7; 10,18-22; Sl 112[113]; Mt 18,15-20) 

19ª Semana do Tempo Comum.

“Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” Mt 18,20.

“Reunir-se em nome do Senhor é, na verdade, acolher um ao outro na fraternidade e na paz. Entendo que é preciso ver no outro o próprio Jesus, a manifestação de Deus. Desde os mais pequeninos e sofredores até aquele que precisa ser perdoado por querer ser o maior dentre todos. A presença de Deus se apresenta mais eficaz quando as pessoas se permitem encontrar-se com respeito, dignidade e, o mais importante, para servir sem ver a quem. Servir sem reservas, sem medos e de coração aberto para receber belíssimas experiências de Deus que outros fazem e buscam transmiti-las revelando o Senhor que habita no meio de nós. No Antigo Testamento vemos a manifestação de Deus através de acontecimentos naturais: como o mar se abrindo, nuvem, árvore em chamas, brisa suave etc. No Novo Testamento Deus se manifesta em seu Filho único, Jesus Cristo, que veio viver como o ser humano, menos no pecado; veio mostrar a possibilidade de conversão e de mudança, da possibilidade de assumir o projeto de Deus e de poder vive-lo na maturidade da fé. Hoje a manifestação passa pela relação humana. Existe uma urgente necessidade na atualidade de vivenciar mais o encontro pessoal, a partilha de vida, o serviço mútuo. Não se pode deixar que as mídias consumam com as relações humanas, para que também não seja consumida a relação entre humanidade e Deus. – Deus conosco, ajudai-nos a viver em comunhão fraterna e no serviço mútuo, para que, quando estejamos reunidos, possamos revelar a sua gloriosa manifestação em meio a nós. Assim seja! (Anderson Domingues de Lima – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santa Beatriz, fundadora. De nobre família portuguesa, filha de Rui Gomes da Silva e Isabel de Menezes, nasceu Beatriz em 1424, educada desde pequena no exercício das virtudes cristãs; em sua formação espiritual tiveram influência os franciscanos e as controvérsias sobre o dogma da Imaculada Conceição. Foi dama de honra de Isabel, rainha de Castela, em meio a corte, manteve o seu coração fiel ao propósito de amar só a Deus. Perseguida pela própria rainha, demitiu-se do serviço real e foi para Toledo, indo morar, como pensionista, no convento de São Domingos de Silos. Depois de um tempo de maturação, tendo no coração o desejo de fundar uma Ordem religiosa em honra da Imaculada Conceição, a realização veio por meio da filha da rainha Isabel, conhecida como a Católica, que lhe ofereceu o palácio ao lado da igreja de santa Fé. Ela levou consigo 12 jovens; teria depois a regra aprovada, mas morreu no dia marcado para a recepção do hábito. Como a Virgem lhe advertira de tal evento, ela o recebeu antes de sua morte, ficando a função de superiora para Filipa da Silva, sua sobrinha. 

 Pe. João Bosco Vieira Leite