(Ez 9,1-7; 10,18-22; Sl 112[113]; Mt 18,15-20)
19ª Semana do Tempo Comum.
“Pois onde dois ou
três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” Mt 18,20.
“Reunir-se em nome do
Senhor é, na verdade, acolher um ao outro na fraternidade e na paz. Entendo que
é preciso ver no outro o próprio Jesus, a manifestação de Deus. Desde os mais
pequeninos e sofredores até aquele que precisa ser perdoado por querer ser o
maior dentre todos. A presença de Deus se apresenta mais eficaz quando as
pessoas se permitem encontrar-se com respeito, dignidade e, o mais importante,
para servir sem ver a quem. Servir sem reservas, sem medos e de coração aberto
para receber belíssimas experiências de Deus que outros fazem e buscam
transmiti-las revelando o Senhor que habita no meio de nós. No Antigo
Testamento vemos a manifestação de Deus através de acontecimentos naturais:
como o mar se abrindo, nuvem, árvore em chamas, brisa suave etc. No Novo
Testamento Deus se manifesta em seu Filho único, Jesus Cristo, que veio viver
como o ser humano, menos no pecado; veio mostrar a possibilidade de conversão e
de mudança, da possibilidade de assumir o projeto de Deus e de poder vive-lo na
maturidade da fé. Hoje a manifestação passa pela relação humana. Existe uma
urgente necessidade na atualidade de vivenciar mais o encontro pessoal, a
partilha de vida, o serviço mútuo. Não se pode deixar que as mídias consumam
com as relações humanas, para que também não seja consumida a relação entre
humanidade e Deus. – Deus conosco, ajudai-nos a viver em comunhão
fraterna e no serviço mútuo, para que, quando estejamos reunidos, possamos
revelar a sua gloriosa manifestação em meio a nós. Assim seja!” (Anderson
Domingues de Lima – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes).
Santo do Dia:
Santa Beatriz, fundadora. De
nobre família portuguesa, filha de Rui Gomes da Silva e Isabel de Menezes,
nasceu Beatriz em 1424, educada desde pequena no exercício das virtudes
cristãs; em sua formação espiritual tiveram influência os franciscanos e as
controvérsias sobre o dogma da Imaculada Conceição. Foi dama de honra de
Isabel, rainha de Castela, em meio a corte, manteve o seu coração fiel ao
propósito de amar só a Deus. Perseguida pela própria rainha, demitiu-se do
serviço real e foi para Toledo, indo morar, como pensionista, no convento de
São Domingos de Silos. Depois de um tempo de maturação, tendo no coração o
desejo de fundar uma Ordem religiosa em honra da Imaculada Conceição, a
realização veio por meio da filha da rainha Isabel, conhecida como a Católica,
que lhe ofereceu o palácio ao lado da igreja de santa Fé. Ela levou consigo 12
jovens; teria depois a regra aprovada, mas morreu no dia marcado para a
recepção do hábito. Como a Virgem lhe advertira de tal evento, ela o recebeu
antes de sua morte, ficando a função de superiora para Filipa da Silva, sua
sobrinha.
Pe. João Bosco Vieira Leite