Sábado, 15 de agosto de 2020

(Ez 18,1-10.13.30-32; Sl 50[51]; Mt 19,13-15) 

19ª Semana do Tempo Comum.

“Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração.

Os discípulos, porém, as repreendiam” Mt 19,13.

“O breve texto do Evangelho de hoje não pretende ser um quadro romântico, antes quer sublinhar um aspecto fundamental do ministério de Jesus. As pessoas levavam para junto do Mestre não só doentes para que fossem curados, mas também crianças, para que as abençoasse. Os discípulos, segundo a mentalidade da época que não tinha nenhuma consideração pelas crianças, julgam pouco dignificante essa atividade de Jesus. Este, pelo contrário, na Sua viajem para Jerusalém, não Se cansa de encontrar, tocar, curar todos os que eram normalmente desprezados. As crianças precisam de proteção dos mais crescidos, sobretudo da proteção do maior de todos, o Deus altíssimo. Jesus deve impor-lhes as mãos e invocar sobre elas a proteção e a graça de Deus. Os Apóstolos não compreendem a grande confiança das pessoas e já não têm presente a imagem do discípulo como a de uma criança que Jesus lhes apresenta (Mt 18,3). O seu Mestre não só permite que as crianças venham a Ele, mas afirma que o Reino dos Céus está preparado para elas. Também eles são chamados e não estão excluídos das promessas do Pai. Crianças e mulheres eram pouco consideradas pelos rabinos do tempo: a religião era assunto para homens. Como Jesus promoveu a mulher, assim faz agora com as crianças. Porventura, estas conhecem a Deus melhor do que os adultos: o Senhor escondeu aos inteligentes e aos sábios aquilo que revelou aos pequeninos (Mt 11,25). A Igreja seguiu esta atitude de Jesus concedendo o Batismo às crianças, mesmo que não sejam capazes de confessar sua fé. A elas se dá o Corpo de Cristo, logo que sabem distinguir o pão eucarístico do pão comum” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

 

Santo do Dia:

Santo Alípio, bispo. Discípulo e amigo de santo Agostinho, nasceu numa família aristocrática e passou os primeiros anos de sua vida como magistrado em Roma. Se juntou a santo Agostinho em sua conversão ao cristianismo em 386. Recebeu com ele o batismo em Milão, foi com Agostinho a Tagaste (atualmente na Argélia) onde compartilharam a experiência cenobítica.  Foi bispo de Tagaste. Tudo que se sabe desse santo vem da autobiografia de Agostinho, “Confissões”. A ele é atribuída a construção do primeiro mosteiro na África. Morreu em 430. Foi canonizado em 1584 pelo papa Gregório XIII.

Pe. João Bosco Vieira Leite