Segunda, 17 de agosto de 2020

(Ez 24,15-24; Sl Dt 32; Mt 19,16-22) 

20ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Por que tu me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom.

Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos’” Mt 19,17.

“Deus e bom! Lembre-se da passagem de Gn 1,4.10.12.18.21.31 em que Ele cria tudo e tudo é bom. Sim! Tudo é bom porque foi Deus quem criou, e criou na maior perfeição e com a intenção de confiá-la como herança aos seres humanos. Jesus aponta um caminho para quem quer entrar na vida. Mas de que vida Ele está falando? Da vida em plenitude, da vida em Deus, uma vida de compromisso e fidelidade para com Ele. O Senhor espera da humanidade uma corresponsabilidade com sua criação, ou seja, da mesma forma que criou tudo por e com amor, Ele espera que os seres humanos cuidem de tudo com amor. Deus criou com carinho e espera a mesma reação carinhosa de suas criaturas. Infelizmente, o mandamento do amor não tem sido vivenciado na sua plenitude. A vida tem sido desrespeitada em todas as dimensões. Não se cuida da natureza, não se respeita aos outros e a si próprios. Tudo isso porque se acredita que se têm muitos bens materiais e que existe a necessidade do outro, ou do cuidado e respeito, ou ainda que o amor é passageiro e efêmero. Ainda não se aprendeu tudo o que Jesus ensinou e mostrou com clareza, parece que se vive na escuridão e cegueira das coisas momentâneas. Mas ainda há tempo de observar os mandamentos, principalmente o mandamento do amor e viver na plenitude de Deus. – Deus de amor e de bondade, ajuda-nos a abrir nossa mente e coração para observarmos o mandamento do amor e para que possamos corresponder ao seu chamado à vida, cuidando da tua criação com carinho e presteza. Assim seja!” (Anderson Domingues de Lima – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 

Santo do Dia:

São Roque. Um santo de devoção popular cuja cronologia não é precisa e a biografia está cercada de lendas. Sua origem seria Montpellier, na França, no século XIV. Teria ficado órfão ainda muito jovem e após ter distribuído seus bens aos pobres da cidade, partiu em peregrinação para Roma. Chegando a Acquapendente encontrou a cidade desolada pela peste e prontamente se pôs como voluntário na assistência aos doentes, onde se teria operado as primeiras curas milagrosas. Daqui em diante o seu peregrinar já não era em direção a Roma, mas onde houvesse um foco da peste. Chegando a Roma, restituiu a saúde a um cardeal, este o apresentou ao papa. Em Roma continuou suas obras de misericórdia. Em Placência foi contagiado pela doença e para não ser pesado a ninguém, saiu da cidade para morrer na solidão. Sua imagem o traz em trajes de peregrino com um cachorro que está ao seu lado no ato de dar-lhe um pão. Segundo a lenda, já doente e em uma cabana, foi alimentado diariamente por um cão que lhe trazia um pão e da terra teria nascido uma fonte de água para lhe matar a sede. Teria sido recolhido por um patrício que dele cuidou até recuperar a saúde. Tendo deixado Placência, mas em seu peregrinar teria sido confundido com um espião e jogado na prisão, em Angera, onde abandonado e esquecido teria morrido. Outra versão diz que voltou à sua terra natal para morrer.  

Pe. João Bosco Vieira Leite