Quinta, 20 de agosto de 2020

(Ez 36,23-28; Sl 50[51]; Mt 22,1-14) 

20ª Semana do Tempo Comum.

“E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir”

Mt 22,13.

“A atitude de desprezo dos convidados para a festa de casamento do filho do rei é uma metáfora da atitude de Israel em relação aos apelos de Deus para a conversão. Mas tem a ver, também, com comportamento dos discípulos de Jesus. Talvez se iludissem pensando que, pelo simples fato de pertencerem à comunidade, já estavam respondendo positivamente ao convite do rei, quando, na verdade, comportavam-se como os convidados indelicados. A atitude deles era, igualmente, digna de censura. Portanto, estamos diante de duas formas de desprezo do convite de Jesus. A primeira corresponde ao desprezo evidente dos convidados que preferem ir cuidar de seus campos e seus negócios e, pior ainda, maltrataram e mataram os servos enviados para recordar-lhes o convite. É a atitude dos sumos sacerdotes, dos escribas e dos fariseus cujos ouvidos se fecharam à pregação de Jesus. Viravam as costas para o convite que Deus lhes dirigia. A segunda forma revela-se no episódio do conviva expulso da sala do banquete por não trajar as vestes nupciais, ou seja, por não estar de acordo com o modo de proceder característico de quem aderiu ao Reino. É inútil pertencer à comunidade dos discípulos de Jesus sem esforçar-se para modelar a própria ação pelo projeto de Reino proclamado por ele. A pura pertença física à comunidade é insuficiente para garantir a salvação. Responde-se a o convite de Deus com gestos concretos. – Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas). 

 

Santo do Dia:

São Bernardo, abade e doutor da Igreja. Nasceu em 1090 no Castelo de Fontaine, próximo de Dijon, o terceiro de seis irmãos. Ainda muito jovem decidiu-se fazer monge em Cister. O seu pai, Bernardo, teve que assistir todos os irmãos seguirem o caminho de Bernardo em sua consagração a Deus. Algo inédito na história da Igreja. E como outros jovens pedissem para entrar entre os cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros. Bernardo teve que cuidar dessas novas fundações acompanhado de outros doze religiosos. Chegando a um vale bem protegido, ali se estabeleceram, dando ao local o nome de Claraval. Daí Bernardo expandia a sua luz sobre toda a cristandade. Embora de saúde frágil, percorreu meia Europa em seu influente ministério. Escreveu obras como o Tratado do amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos que é uma declaração de amor a Maria. Ainda em homenagem à Virgem compôs o belíssimo hino Ave Maris Stella. É dele a invocação inserida na Salve-Rainha: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”. Morreu a 20 de agosto de 1153. Foi chamado por Pio XII “o último dos Padres da Igreja, e não o menor”.

Pe. João Bosco Vieira Leite