(Ez 36,23-28; Sl 50[51]; Mt 22,1-14)
20ª Semana do Tempo Comum.
“E mandou os seus
empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir”
Mt 22,13.
“A atitude de
desprezo dos convidados para a festa de casamento do filho do rei é uma
metáfora da atitude de Israel em relação aos apelos de Deus para a conversão.
Mas tem a ver, também, com comportamento dos discípulos de Jesus. Talvez se
iludissem pensando que, pelo simples fato de pertencerem à comunidade, já
estavam respondendo positivamente ao convite do rei, quando, na verdade,
comportavam-se como os convidados indelicados. A atitude deles era, igualmente,
digna de censura. Portanto, estamos diante de duas formas de desprezo do
convite de Jesus. A primeira corresponde ao desprezo evidente dos convidados
que preferem ir cuidar de seus campos e seus negócios e, pior ainda,
maltrataram e mataram os servos enviados para recordar-lhes o convite. É a
atitude dos sumos sacerdotes, dos escribas e dos fariseus cujos ouvidos se fecharam
à pregação de Jesus. Viravam as costas para o convite que Deus lhes dirigia. A
segunda forma revela-se no episódio do conviva expulso da sala do banquete por
não trajar as vestes nupciais, ou seja, por não estar de acordo com o modo de
proceder característico de quem aderiu ao Reino. É inútil pertencer à
comunidade dos discípulos de Jesus sem esforçar-se para modelar a própria ação
pelo projeto de Reino proclamado por ele. A pura pertença física à comunidade é
insuficiente para garantir a salvação. Responde-se a o convite de Deus com
gestos concretos. – Pai, tendo respondido ao teu convite para ser
discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel
a ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
A] - Paulinas).
Santo do Dia:
São Bernardo, abade e doutor da
Igreja. Nasceu em 1090 no Castelo de Fontaine, próximo de Dijon, o terceiro de
seis irmãos. Ainda muito jovem decidiu-se fazer monge em Cister. O seu pai,
Bernardo, teve que assistir todos os irmãos seguirem o caminho de Bernardo em
sua consagração a Deus. Algo inédito na história da Igreja. E como outros
jovens pedissem para entrar entre os cistercienses, foi necessário fundar
outros mosteiros. Bernardo teve que cuidar dessas novas fundações acompanhado
de outros doze religiosos. Chegando a um vale bem protegido, ali se
estabeleceram, dando ao local o nome de Claraval. Daí Bernardo expandia a sua
luz sobre toda a cristandade. Embora de saúde frágil, percorreu meia Europa em
seu influente ministério. Escreveu obras como o Tratado do amor de Deus e
o Comentário ao Cântico dos Cânticos que é uma declaração de
amor a Maria. Ainda em homenagem à Virgem compôs o belíssimo hino Ave
Maris Stella. É dele a invocação inserida na Salve-Rainha: “Ó clemente, ó
piedosa, ó doce Virgem Maria”. Morreu a 20 de agosto de 1153. Foi chamado por
Pio XII “o último dos Padres da Igreja, e não o menor”.
Pe. João Bosco Vieira Leite