Sábado, 08 de agosto de 2020

(Hab 1,12—2,4; Sl 9A[9]; Mt 17,14-20) 

18ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘vai daqui para lá’, e ela irá.

E nada vos será impossível’” Mt 17,20.

“O fracasso dos discípulos em curar o rapaz vitimado pela epilepsia, na época identificada com possessão demoníaca, foi a demonstração de falta de fé. Foi o que o próprio Jesus afirmou. Teria bastado uma fé do tamanho de um grão de mostarda para realizarem o milagre. Pelo fato de duvidarem não deixaram de ser discípulos, nem foram excluídos do círculo dos apóstolos. Mesmo sendo apóstolos, não estavam isentos de cair na dúvida. Jesus, porém, suspeitava de que eles tivessem um mínimo de fé. Suas palavras: ‘Se vocês tiverem fé como um grão de mostarda...’ deixam entrever uma carência total de fé que levou a missão a malograr. Como explicar a falta de fé nos discípulos? Quiçá estivessem seguindo Jesus movidos por um ideal messiânico de caráter político, sem atinar que lhes caberia levar adiante a missão do Mestre, realizando obras idênticas às dele, com a mesma confiança no Pai. Eles se deram conta de necessidade de uma fé semelhante à de Jesus, para se tornarem capazes de curar e expulsar os demônios. Quando foram enviados em missão, receberam ‘autoridade sobre os espíritos imundos para expulsá-los e curar toda doença e enfermidade’. Não obstante, faltou-lhes fé para fazer isto. – Pai, vem em meu auxílio e reforça minha fé a fim de que eu possa pôr em prática a missão recebida, realizando as tarefas que Jesus me confiou para o serviço do Reino (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de cada dia – Paulinas).

 

Santo do Dia:

São Domingos, presbítero. O fundador da futura Ordem domincana, contemporâneo de Francisco de Assis, nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, de família nobre, e morreu em Bolonha a 6 de agosto de 1221. Com seu caráter metódico e firmíssimo, desde muito jovem submeteu-se a duras penitências, deu grande importância aos estudos, como premissa indispensável ao dever apologético dos frades pregadores. Como sacerdote e cônego de Osma, teve contato com os hereges que além de espalharem doutrina gnóstica e maniquéia, enganavam o povo e em particular as mulheres ostentando pureza e pobreza de vida. Foi quando teve a ideia de fundar uma ordem de frades pobres e estudiosos para que pudessem pregar a doutrina cristã não somente com palavras, mas com o exemplo de sua vida, sem as suspeitas de interesses materiais. Honório II aprovou a Ordem dos Pregadores, sob a regra de santo Agostinho. Em 1234, 13 anos após a morte, foi proclamado santo.  

  Pe. João Bosco Vieira Leite