Terça, 11 de agosto de 2020

(Ez 2,8—3,4; Sl 118[119]; Mt 18,1-5.10.12-14) 

19ª Semana do Tempo Comum.

“Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”

Mt 18,14.

“O Evangelho não deixa dúvidas quanto à predileção de Jesus pelas crianças. Quando os discípulos queriam afasta-las do Mestre, ele reagia prontamente, afirmando: ‘Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais!’ Certa vez, Ele próprio convocou uma criança, para colocá-la nomeio dos seus discípulos, enredados com a fútil questão de saber quem seria o maior no ‘Reino de Deus’. O fato de ter colocado a criança no centro já simbolizava a centralidade dos valores, que as crianças testemunham por sua inocência e por sua simplicidade. Mas Jesus não para aí. Admoesta severamente os que se atrevem a escandalizar alguma criança: ‘Não desprezeis um só destes pequenos’. Neste contexto, Mateus insere a Parábola da Ovelha Perdida, lembrando que no céu haverá uma maior alegria ‘por um só pecador que se converta’. Mateus, porém, não coloca em cena os pecadores, mas as crianças, dizendo abertamente: ‘O Pai, que está nos céus, não deseja que se perca nenhum desses pequenos’ Esta é a vontade do Pai. Ele quer junto a si as crianças, os pequenos. E nos dá a pista para também fazermos parte dos privilegiados. Tornamo-nos como crianças. Então entraremos no Reino de Deus e experimentaremos a ternura do seu amor pelos pequenos! – Senhor, reconhecemos que vossa infinita grandeza se reveste de compaixão pelos pequenos. Dai-nos sabedoria para vencer a tentação do orgulho, e ajudai-nos a viver com simplicidade, confiantes em vosso amor de Pai de bondade. Amém! (Dom Luís Demétrio Valentini – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santa Clara, virgem. Nascida em 1193 em Assis, de família rica, com rara audácia apresentou-se na noite de 18 de março de 1212, na humilde igreja de Santa Maria dos Anjos, onde a aguardavam Francisco e seus frades. Ali cortou o cabelo, vestiu um grosseiro hábito de lã crua, fez os votos de pobreza, castidade e obediência. Antes de ir para o convento de São Damião, destinado às monjas da Ordem Segunda franciscana, foi acolhida num mosteiro beneditino. Mais tarde seria seguida pela mãe e irmãs à vida de clausura. Sua resposta ao ideal franciscano foi total. Na morte de Francisco, em 1226, obteve que seu corpo fosse introduzido na clausura para que as monjas pudessem contemplar o rosto. Clara viveu 27 anos após a morte de Francisco. Faleceu no dia 11 de agosto de 1253. Foi canonizada dois anos após sua morte. É padroeira da Televisão. 

 Pe. João Bosco Vieira Leite