(2Sm 6,12-15.17-19; Sl 23[24]; Mc 3,31-35)
3ª Semana do Tempo Comum.
“Quem faz a vontade
de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” Mc 3,31-35.
“Jesus é Deus
encarnado entre nós. Segui-lo significa fazer uma escolha pessoal por Deus que
exige tomada de posicionamentos e direções diferentes em relação à sua família
de sangue. Optar por Jesus é ter coragem de fazer a vontade de Deus. E isto
significa ver como Jesus age em relação àquilo que ele recebeu do Pai. Fazer
escolha por Jesus como o centro de nosso comportamento é ter um projeto de vida
que norteie o que somos e o que fazemos. Há uma diferença nos laços que unem as
pessoas. Existem os laços de sangue, os laços surgidos pela fé, entre tantos
outros. Os que desejam fazer a vontade de Deus formam uma família. Não mais
unida pelos laços de sangue, mas pelas expressões da fé. Aquilo que identifica
aqueles que fazem a vontade de Deus não é algo externo, mas é o amor que lança
as pessoas ao encontro das outras. Fazer a vontade de Deus não é simplesmente
ser uma pessoa religiosa de práticas externas. Essas poderão ajudar, mas não é
o essencial. O essencial é aquilo que Jesus nos propõe no Sermão da Montanha
(cf. Mt 5—7). Na profecia de Isaías (58,7) lemos: ‘Não desatenda à carne de seu
irmão’. Esse texto está relacionado com o texto do Juízo Final em Mt 25,31-46.
Daí se percebe que na fé cristã é compromisso com o corpo. Não basta que
enviemos doações para as instituições que trabalham com os pobres para
desencargo de consciência. Essa atitude ajuda, mas não exime da obrigação de
estabelecer contato com a pessoa necessitada... O pobre não tem que ser um
eterno marginalizado. Ele tem que progredir. A tarefa de quem deseja fazer a
vontade de Deus é a de integrar os mais empobrecidos na comunidade (Papa
Francisco). – Ó Jesus, homem e Deus verdadeiro, ensina-nos a acolher as
pessoas a partir de sua dignidade e não pelas etiquetas sociais. Amém!” (Gilberto
Orácio Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite