Quarta, 15 de janeiro de 2020


(1Sm 3,1-10.19-20; Sl 39[40]; Mc 1,29-39) 
1ª Semana do Tempo Comum.

“A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então a febre desapareceu, e ela começou a servi-los” Mc 1,30-31.

“Trata-se, por um lado, de uma cena familiar e, de outro, de um gesto de consideração de Cristo por uma doente que, no caso, era a sogra de um amigo seu, Pedro. Jesus não hesita em curá-la, livrando uma família daquele mal-estar que é comum sempre que se tem alguém doente em casa. Todos querem ajudar na cura do doente, porque quando alguém está mal em casa todo mundo se sente um pouco mal também. Jesus cura a todos: a sogra que estava com febre e aos demais devolve a alegria. Mas a cura também por deferência ao seu amigo Pedro, de quem ela era sogra. Podemos imaginar que a mulher de Pedro lhe tenha segredado que recorresse a Jesus em favor de sua mãe. Pedro poderá muito bem tê-lo feito. E Jesus o atendeu ‘tomando-a pela mão e levantando-a da cama’. E ela ficou logo boa e, agradecida, ‘pôs-se a servi-los’. Tudo parece tão simples, mas esta corriqueira cena familiar guarda inúmeros ensinamentos que merecem destaque. Jesus se faz sensível à vida familiar, onde se desenvolve a alegria e a tristeza das pessoas. Ele, inclusive, sempre se mostrou muito familiar. A família, para ele, sempre foi um espaço especial e querido, apreciado e sagrado. Aproxima-se com inteira simplicidade daquela mulher, toma-a pela mão e tira-a da cama. Manifesta, assim, mais uma vez, que viera para os doentes e não para os sadios, para os pecadores e não para os santos. E o faz em atenção ao seu amigo, que será, mais tarde investido de poder de apascentar os cordeiros e ovelhas de seu Reino. Eis, numa comezinha cena familiar, a integridade e a grandeza da pessoa de Jesus! – Senhor Deus, grande e bom, dai-nos a sensibilidade de sermos plenos e atentos às necessidades dos outros. Hoje, vos pedimos, dai-nos amar e falar bem das sogras que nem sempre são devidamente amadas e bem faladas. Amém (Neylor J. Tonin – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite