Quarta, 22 de janeiro de 2020


(1Sm 17,32-33.37.40-51; Sl 143[144]; Mc 3,1-6) 
2ª Semana do Tempo Comum.

“E perguntou-lhes: ‘É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixa-la morrer?’ Mas eles nada disseram” Mc 3,4.

“Parece uma pergunta dura. Os fariseus só queriam ver respeitadas as ordens que vinham de Deus. Tinham tentado interpretá-las para o uso cotidiano. Mas com a pergunta que lhes dirige Jesus lhes mostra que a sua interpretação faz mal às pessoas, destruindo a vida delas. Quem dá mais importância à lei do que ao ser humano, quem coloca a norma acima da aflição do doente, pratica o mal. Num ambiente em que prevalece princípios e normas, o ser humano fica sem ar para respirar. Ele definha, sua vida é destruída. Quem se concentra apenas no cumprimento dos mandamentos acaba matando a sua alma. Em grego se usa nessa passagem o termo ‘psique’, que significa tanto alma quanto vida. A palavra se refere à pessoa, à vida pessoal. A pessoa morre quando se vê confinada entre normas rígidas. A alma não consegue mais respirar quando é sufocada pelos princípios. Ela precisa de asas, e não de um espartilho apertado que a comprime” (Anselm Grun – Jesus, Caminho para a Liberdade – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite