(Ef 5,21-33; Sl 127[128]; Lc 13,18-21)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Ele é como o fermento que uma
mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique
fermentado” Lc 13,21.
“Jesus, a caminho de
Jerusalém, conta duas pequenas parábolas para dispor os discípulos para a
experiência que haveria de fazer. Põem diante de nossos olhos uma das
características próprias do Reino de Deus: é algo quer cresce lentamente.
Estabelece-se o contraste entre o início do Reino, na humildade e na perda, e
seu fim grandioso – como um grão de mostarda –, mas que chega a ser grande a
ponto de oferecer refúgio às aves do céu. Só quem foi alertado para esta
dinâmica divina será capaz de superar o desânimo e a decepção do momento. Com
essa parábola Jesus exortou à paciência, à fortaleza, à esperança. Essas
virtudes são particularmente necessárias àqueles que se dedicam à propagação do
Reino de Deus. É necessário saber esperar que a semente plantada, com a graça
de Deus e com a cooperação humana, vá crescendo, aprofundando suas raízes na
boa terra e elevando-se pouco a pouco até converter-se em árvore. O Reino de
Deus, prossegue Jesus, é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou
em três medidas de farinha, era suficiente para fermentá-la e torná-la apta
para a fabricação do pão. Só é necessário que o fermento esteja dentro da
massa, que chegue ao povo. Também é necessário dar tempo para que a levedura
realize seu labor. Com o Reino dá-se algo semelhante. Por trás desta dinâmica
está o dedo de Deus, que capacita um punhado de pessoas pequenas e frágeis, um
grupo inexpressivo para se tornar mediação de propagação do Reino, de modo a
fermentar toda a história humana. – Espírito de esperança em Deus,
ensina-me a perceber a ação divina fermentando a história humana por meio de
pessoas frágeis e humildes” (Sônia de Fátima Marani
Lunardelli – Meditações para o dia a dia (2015) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira
Leite