Terça, 16 de outubro de 2018


(Gl 5,1-6; Sl 118[119]; Lc 11,37-41) 
28ª Semana do Tempo Comum.

“O Senhor disse ao fariseu: ‘Vós, fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades” Lc 11,39.

Conhecendo um pouco os fariseus: “Os fariseus eram um grupo formado por letrados, muito familiarizados com as tradições e costumes de Israel. Muitos deles exercitavam tarefas de caráter administrativo ou burocrático sobretudo em Jerusalém: provavelmente ganhavam a vida como escribas, educadores, juízes e oficiais subordinados às classes governantes. Não sabemos quase nada sobre sua organização interna. Sentiam-se unidos por um conjunto de crenças e práticas que os identificava diante do povo. Não constituem, no entanto, um bloco homogêneo. Há entre eles desacordos e diferentes pontos de vista. [...] A primeira preocupação do movimento fariseu era assegurar a resposta fiel de Israel ao Deus santo que lhes dera a lei, que os distinguia de todos os povos da terra. Daí seu desvelo em aprofundar-se no estudo da Torá e seu cuidado em cumprir estritamente todas as prescrições, em especial as que reforçavam a identidade do povo santo de Deus: o sábado, o pagamento dos dízimos para o templo ou a pureza ritual. Além da lei escrita de Moisés, consideravam obrigatórias as chamadas ‘tradições dos pais’, que favoreciam um cumprimento mais atualizado da Torá. Preocupados com a santidade de Israel, os setores mais radicais pretendiam obrigar todo o povo a cumprir regras de pureza que só obrigavam os sacerdotes no exercício de sua tarefa cultual no templo” (José Antonio Pagola – Jesus: Aproximação Histórica – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite