26ª Semana do Tempo Comum.
“Senhor, ouvi a minha
justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha
prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!” Sl 17,1.
“Uma vez ou outra
todos quisemos um dia de tribunal. Fomos injustamente acusados ou tratados de
forma indevida, e queremos que alguém ouça nossa versão da história.
Simplesmente queremos alguém que nos diga que estamos certos e que a outra
pessoa está errada. Era isso que Davi queria no salmo 17. Seus inimigos estavam
no ataque, e Davi não tinha como se defender, a não ser contar a Deus sobre
eles. Ele pede a Deus que prepare o tribunal. Deus, o juiz, examinaria e
interrogaria. Deus inspecionaria minuciosamente o coração e a vida de Davi, e
não encontraria nada pecaminoso ou falho. (Imagino quantos de nós se abririam
dessa maneira tão honesta diante de Deus!) Quando Deus examinasse os inimigos
de Davi, entretanto, ele encontraria muitos erros – corações duros, palavras
arrogantes, olhos que buscavam constantemente lugar para atacar (vv. 10-12). –
‘Sob a provação não é fácil nos comportarmos apropriadamente, uma vela não se
mantem facilmente acesa quando várias bocas invejosas estão soprando em sua
direção. Em tempos maus, a oração é particularmente necessária, e homens sábios
recorrem a ela imediatamente. Platão disse a um dos seus discípulos: ‘Quando um
homem falar mal de ti, vive de modo que ninguém acredite nele’; um conselho
muito bom, mas ele não nos diz como fazemos isso. Temos aqui um preceito
incorporado em um exemplo: se quisermos ser preservado, devemos clamar ao
Preservador e recrutar o suporte divino para o nosso lado’ (Charles
Spurgeon)” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos -
Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite