Sábado, 6 de outubro de 2018


(Jó 42,1-3.5-6.12-16; Sl 118[119]; Lc 10,17-24) 
26ª Semana Comum.

“Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo e não puderam ouvir” Lc 10,24.

“Os discípulos tinham uma grande graça, que talvez não soubessem apreciar. Estavam junto com o Filho de Deus, o esperado das nações, aquele que muitos profetas do Antigo Testamento tinham desejado ver, e não puderam. Consciente da história, Jesus olha os discípulos, que não percebiam ainda a dimensão exata do que estavam presenciando. E lhes diz: ‘Feliz vocês, que estão me vendo e ouvindo’. Na verdade, olhando a história, nós também podemos pensar: felizes os apóstolos, que puderam receber o Evangelho diretamente dos lábios de Cristo. Eles andaram com Jesus, acompanhando seus milagres, ouvindo suas pregações, seguindo os acontecimentos que seriam registrados para a memória de todas as gerações. Que felicidade a deles! Mas a felicidade de Cristo não é só para alguns. A alegria que os apóstolos experimentaram pode se tornar nossa alegria também, na medida em que vamos descobrindo as riquezas do Evangelho. E perceber que a fé nos reserva uma alegria ainda maior. Foi o próprio Cristo, depois da ressurreição que falou a Tomé: ‘Felizes os que creem sem terem visto’. É a fé que nos abre o caminho para uma alegria íntima e profunda, que terá o seu desabrochar perfeito quando também estaremos com o Senhor, e o veremos como ele é. Temos direito de cultivar esta esperança que Jesus fez brilhar nos olhos dos apóstolos que tiveram a felicidade de viver com Ele. – Senhor Jesus, fostes a alegria dos discípulos. Dai-nos a alegria da fé, e fortalecei em nós a esperança de um dia nos vermos todos reunidos à mesa do vosso Reino. Amém (Luiz Demétrio Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus (1995) – Vozes). 

    Pe. João Bosco Vieira Leite