(Jó 42,1-3.5-6.12-16; Sl 118[119]; Lc
10,17-24)
26ª Semana Comum.
“Pois eu vos
digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo e não puderam
ver; quiseram
ouvir o que estais ouvindo e não puderam ouvir” Lc 10,24.
“Os discípulos tinham uma grande graça, que talvez não soubessem
apreciar. Estavam junto com o Filho de Deus, o esperado das nações, aquele que
muitos profetas do Antigo Testamento tinham desejado ver, e não puderam.
Consciente da história, Jesus olha os discípulos, que não percebiam ainda a
dimensão exata do que estavam presenciando. E lhes diz: ‘Feliz vocês, que estão
me vendo e ouvindo’. Na verdade, olhando a história, nós também podemos pensar:
felizes os apóstolos, que puderam receber o Evangelho diretamente dos lábios de
Cristo. Eles andaram com Jesus, acompanhando seus milagres, ouvindo suas pregações,
seguindo os acontecimentos que seriam registrados para a memória de todas as
gerações. Que felicidade a deles! Mas a felicidade de Cristo não é só para
alguns. A alegria que os apóstolos experimentaram pode se tornar nossa alegria
também, na medida em que vamos descobrindo as riquezas do Evangelho. E perceber
que a fé nos reserva uma alegria ainda maior. Foi o próprio Cristo, depois da
ressurreição que falou a Tomé: ‘Felizes os que creem sem terem visto’. É a fé
que nos abre o caminho para uma alegria íntima e profunda, que terá o seu
desabrochar perfeito quando também estaremos com o Senhor, e o veremos como ele
é. Temos direito de cultivar esta esperança que Jesus fez brilhar nos olhos dos
apóstolos que tiveram a felicidade de viver com Ele. – Senhor Jesus,
fostes a alegria dos discípulos. Dai-nos a alegria da fé, e fortalecei em nós a
esperança de um dia nos vermos todos reunidos à mesa do vosso Reino. Amém” (Luiz Demétrio
Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus (1995) –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite