Quarta, 31 de outubro de 2018


(Ef 6,1-9; Sl 144[145]; Lc 13,22-30) 
30ª Semana do Tempo Comum.

“E assim há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos” Lc 13,30.

“Jesus dirigiu seu anúncio primeiramente aos judeus, mas estes não o acolheram, preferindo continuar em sua interpretação da lei ou em sua tradição. Quando o evangelho se firmou e eles constataram sua autenticidade e tentaram participar, não conseguiram: ‘digo-vos que não sei donde sois’ (v. 27). Desse modo, aqueles que eram os últimos ou estavam fora passaram para o primeiro lugar. E os que pareciam ser os primeiros se tornaram os últimos. Lucas não fala da salvação em sentido absoluto, mas da pregação de Cristo que, destinada aos judeus, foi, entretanto, mais acolhida pelos pagãos. O contraste entre ‘fora’ e ‘dentro’ tornou-se entre ‘últimos’ e ‘primeiros’. Não está dito que os ‘últimos’ não possam ser admitidos, embora com atraso, nas fileiras do reino. Se não na primeira, na segunda mesa do banquete. A porta está fechada, mas apenas simbolicamente como um risco constante de o homem perder o caminho do reino. Não está nas intenções do evangelista excluir alguém da conquista da salvação. Como verdadeiro amigo, Jesus nos previne: nem todos seremos reconhecidos por ele, embora o desejemos. Pela porta entrarão somente aqueles que nesta vida aceitarem passar por outra porta, a ‘porta estreita’, como a chamou Jesus. É a porta da cruz, Jesus reconhecerá só aqueles que o amam. É a lógica do amor. É a regra de nosso relacionamento com Deus. – Senhor, quero carregar por vosso amor a minha cruz. E, passando pela porta estreita, chegar ao vosso reino. Amém” (Luiz Demétrio Valentini e Zeldite Burin –Graças a Deus (1995) – Vozes). 

  Pe. João Bosco Vieira Leite