(Am 7,1—17; Sl 18[19; Mt 9,1-8)
13ª Semana do Tempo Comum.
As palavras de Amós começam a incomodar
o reinado, pois o profeta vislumbra as consequências de tudo que já havia
denunciado. A perseguição é um tema comum aos verdadeiros profetas. A palavra
se torna incômoda, particularmente quando toca nos interesses dos poderosos.
Revela-se no texto o profetismo como vocação real, o chamado que Deus fez a
partir de sua situação existencial, e o profetismo institucional, aprisionado
ao esquema palaciano. É a fé que faz avançar em meio as contradições do
caminho.
Nessa narrativa da cura do paralítico,
transcendendo essa associação entre enfermidade e pecado, o texto nos revela a
condição do pecador, paralisado pelo seu próprio mal. Jesus traz de volta a
liberdade perdida e o movimento da vida, que é o desejo de Deus para todos os
homens e mulheres que se revela em Jesus a na misericórdia divina. Há uma
palavra que é proferida e uma fé que vai ao encontro da mesma. Na missão da
Igreja subsiste esse poder de ajudar a ‘levantar-se’, a experimentar a força da
ressurreição.
Pe. João Bosco Vieira Leite