Quinta, 09 de junho de 2016

(1Rs 18,41-46; Sl 64[65]; Mt 5,20-26) 
10ª Semana do Tempo Comum.

A liturgia da palavra omite o fim trágico dos profetas de Baal, preservando a figura do profeta. Eis que a chuva se aproxima gradativamente para restituir a confiança no Senhor, o único Deus. Aquele que fere é também aquele que cura a ferida. É preciso saber esperar e humilhar-se diante d’Ele.

Chegamos ao ponto crucial da cobrança de uma atitude diferenciada dos discípulos. Jesus exige uma ‘justiça maior’. Aqui aparece também sua autoridade, maior que a de Moisés. Toda essa radicalidade para viver os mandamentos nasce de dentro do indivíduo. O respeito ao outro e a reconciliação têm grande ênfase, pois parte de coisas ‘pequenas’. “Jesus não anuncia uma simples ética de propósitos, e sim uma ética que exige um novo comportamento, mas um comportamento que vem do coração que se abriu de par em par para Deus. Jesus começa pelos pensamentos e sentimentos. Quem observa a lei apenas externamente, guardando em seu coração sentimentos de ira e amargura, não pode ser justo nem estar repleto do amor de Deus. Por isso importa, em primeiro lugar, limpar o coração da ira e do rancor. Mas isso só é possível quando o ser humano faz as pazes com seu adversário interior” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).


Pe. João Bosco Vieira Leite