Sexta, 24 de junho de 2016

(Is 49,1-6; Sl 138[139]; At 13,22-26; Lc 1,57-66.80) 
Natividade de São João Batista.

Jesus Cristo, a Virgem Maria e João Batista, fazem parte desse seleto grupo cujo nascimento fazemos especial memória, todos eles ligados ao mistério da Encarnação. O texto de Isaias dá ao nascimento do Batista um caráter profético de especial escolha do próprio Deus. Ao mesmo tempo o texto revela sua missão de ser luz que ilumina o caminho de volta e o caminho daquele que virá. O salmo contempla esse mistério de Deus que envolve a nossa existência: é impossível viver fora dele. Paulo lembra a sua missão de precursor e humilde posição nesse plano salvífico. Enquanto Lucas nos situa no dia mesmo do nascimento e nos envolve nesse clima de alegria e mistério: “Que virá a ser esse menino?”.

A festa de hoje nos faz pensar no amor previdente do Senhor, a importância de suas preparações: como o terreno que se prepara para acolher a semente, assim Deus prepara os tempos e os corações para receber bem os seus dons. Por isso vivemos na vigilância: para sermos atentos, por si e pelos outros, à ação de Deus e saber discernir em meio às situações terrenas. A importância de João Batista na história da salvação leva a Igreja a se alegrar e celebrar sua especial missão, mesmo que seu ministério, que já é anunciado por Lucas, tenho sido consequência de uma vida de penitência que ele mesmo experimentou. Tudo isso para salientar a alegria esperada do encontro. Receber uma visita comporta toda uma preparação que às vezes pode nos parecer cansativa, mas a alegria do encontro torna leve o fardo. Assim caminhamos na vida, nas obrigações diárias que nos são impostas, como uma purificação que prepara a casa, o coração, para acolher aquele que virá.

Pe. João Bosco Vieira Leite